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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Quanto ao povo, que se lixe o povo!


O problema destas coisas é que nem toda a gente tem a tal "legitimidade" para falar. Quer dizer, quem tem rabos-de-palha; quem está atrelado a partidos que, como diz F.M, (ler:  "Realmente é tempo de termos juízo!": ) estão no poder há quatro décadas e o que fizeram está à vista de todos, não pode ter naturalmente a pretensão de nos continuar a enganar e a iludir com promessas de mentiroso. É altura, isso sim, de dar o lugar a outros que tenham condições de fazer mais e melhor pelos cidadãos e pelo país. Se desde 1974 houvesse uma lei que apontasse para a rotatividade de governos, em que os pequenos partidos fossem convidados a fazer parte da governação, hoje não teríamos dúvidas acerca das capacidades de todos os partidos com assento na Assembleia da República. Hoje estaríamos todos muito mais esclarecidos. O PCP e outros não teriam voz activa para dizer que a culpa é inteiramente dos que governam e eles nunca governaram. Bastaria dar-lhes também essa oportunidade e, agora, estariam todos ao nível da "macieira". Isto é, não haveria desculpa para uns serem os bons e outros os maus da fita, porque no fim de contas são todos iguais. É que, com esta desculpa da "inocência", em tempo de crise económica e identitária como a nossa, lá irão arrecadar mais uns votos que se irão traduzir em mais uns cobres para reforçar a estrutura partidária que, é o mais importante para eles.

Quanto ao povo, que se lixe o povo!

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