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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Secretário de Estado da Cultura visita Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça

Sua Excelência o Secretário de Estado da Cultura Dr. Francisco José Viegas visita a Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, no próximo dia 09 de Dezembro pelas 21.00 horas

«CMA»

Presidente da câmara de Alpiarça redistribui Pelouros

Por seu despacho de 14 de Novembro de 2011, no uso das competências que lhe são conferidas por Lei, o presidente da câmara municipal de Alpiarça, Dr. Mário Fernando Atracado Pereira, procedeu à redistribuição de pelouros pelo executivo municipal .
De acordo com as disposições conjugadas do artigo 65°, n°2 e 69° da Lei n°169/99 de 18/09, alterada pela Lei n°5-A/2002 de 11/02, alínea a) do n°l do artigo 18° do Decreto-Lei n°197/99 de 8 de Junho e artigos 35° a 41° do Código do Procedimento Administrativo, o presidente da câmara municipal de Alpiarça, Mário Fernando Atracado Pereira, tendo em conta a substituição do vereador Mário Manuel Pereira Peixinho pelo vereador João Pedro Costa Arraiolos, procedeu à redistribuição de pelouros e à delegação e subdelegação de competências, por seu despacho de 14 de Novembro de 2011.

Mário Fernando Atracado Pereira (CDU
Pelouros
Coordenação Geral, Planeamento, Urbanismo e Obras, Protecção Civil, Cooperação e Desenvolvimento, Educação, Cultura, Informação e Relações Públicas



Carlos Jorge Duarte Pereira (CDU)
Serviços Administrativos e Finanças Municipais, Património Municipal, Recursos Humanos, Serviços Urbanos e Limpeza, Parque de Máquinas e Viaturas, Fiscalização Municipal, Ambiente, Mercados e Abastecimento Público, Iluminação Pública, Sinalização e Trânsito



João Pedro Arraiolos (CDU)

Pelouros

Saúde e Acção Social, Desporto e Juventude, Turismo





Sónia Isabel Fernandes Sanfona (PS)

Sem pelouros










Maria Regina Sardinheiro do Céu Furtado Ferreira (PS)

Sem pelouros










«CMA»





Chegou de Vespa à tomada de posse do Governo de Passos Coelho, desloca-se agora num Audi topo de gama que custou 86 mil euros

O ministro Pedro Mota Soares, que chegou de Vespa à tomada de posse do Governo de Passos Coelho, desloca-se agora num Audi topo de gama que custou 86 mil euros.
O "Correio da Manhã" escreve que Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social, faz-se transportar num carro de luxo cujo preço de venda ao público ronda os 86 mil euros. Numa altura de cortes nos subsídios de Natal e de férias de funcionários públicos e pensionistas e em que se pede contenção aos portugueses, o ministro que, em Junho, se apresentou na tomada de posse do Governo ao volante de uma Vespa desloca-se agora num carro novo, com matrícula de Julho de 2011.
A viatura, um Audi A7, de três mil cm3 de cilindrada, com o preço de 53 mil euros (a inclusão de equipamento opcional rondou os 46000 euros), foi entregue ao abrigo de um contrato com a SIVA e levantada pelo próprio ministro Pedro Mota Soares, num stand da zona Sul do Parque das Nações, em Lisboa

Fez quatro anos que Luísa Mesquita foi expulsa do Partido Comunista Português



Fez no dia 27 de Novembro quatro anos que Luísa Mesquita, então deputada à Assembleia da República e vereadora na Câmara de Santarém, foi expulsa do Partido Comunista Português, facto que criou uma profunda cisão na CDU (coligação liderada pelo PCP) no concelho de Santarém que teve consequências negativas a nível eleitoral. Esta fotografia, com cerca de meia dúzia de anos, regista os tempos em que remavam todos para o mesmo lado. Da esquerda para a direita: Jaime Carvalho (ex-vereador da CDU na Câmara de Santarém); Vítor Gaspar (ex-presidente da Junta da Ribeira de Santarém pela CDU e hoje vereador pelo PSD na Câmara de Santarém); Luísa Mesquita; José Marcelino (ex-vereador da CDU na Câmara de Santarém e chefe de gabinete do presidente da Câmara de Alpiarça).

PSD e CDS aprovaram novos tectos para o corte de subsídios

A maioria que sustenta o Governo decidiu que os cortes parciais no subsídio de Natal e de Férias vão aplicar-se aos funcionários públicos e pensionistas com salários superiores a 600 euros, e não a 485 euros como previsto inicialmente.
Quem tem vencimentos superiores a 1.100 vai perder na totalidade, em 2012 e 2013, o subsídio de Natal e o de Férias. Na proposta inicial o tecto estava fixado em 1.000 euros

Teste de popularidade

Artigo de Opinião
Por: Sommer

"Sinceramente não me admiro nem um pouquinho do renhido despique entre as duas senhoras que estão à frente da sondagem da "política mais sexy".
O que me admira ou talvez não é a votação maciça no Mário Noronha como o "político mais sexy".
Cheira-me a teste de popularidade com vista a "quem tem pedalada" para encabeçar a próxima lista às autárquicas pelo PSD/CDS, sabendo-se que o Governo se prepara para mexer na Lei Eleitoral Autárquica.
Ou muito me engano ou as próximas eleições autárquicas irão ser muito disputadas, por várias razões:-
1.ª - O executivo liderado por Mário Pereira não está a fazer muita obra de "encher o olho" mas vai acabar o seu mandato com a situação financeira da câmara controlada e com a reputação do município em alta, uma vez que, como anunciado, liquidou praticamente toda a dívida a fornecedores, coisa que não acontecia há muitos anos;
2.ª - A câmara de Alpiarça deixou de ser notícia pelas piores razões e agora invariavelmente lemos artigos nos "media" a lisonjearam o executivo alpiarcense e o seu presidente, o que a nós alpiarcenses honestos e de "boas contas" até nos deixa um pouquinho orgulhosos ou no mínimo aliviados;
3.ª - Só haverá uma lista única para a câmara e assembleia municipais;
4.ª - Será presidente de câmara o cidadão que encabeçar a lista mais votada;
5.ª - O executivo será apenas de uma cor e os vereadores serão escolhidos de entre os membros da assembleia municipal;
6.ª - O presidente da câmara será um homem muito mais poderoso do que actualmente pois terá a possibilidade de exonerar vereadores tal como um primeiro ministro pode exonerar qualquer ministro;
7.ª As tricas e mexericos e a formação de "grupos" e "grupinhos" pró e contra presidente ou contra certo (s) vereador(es) já se antevêem porque a assembleia municipal terá a capacidade de demitir os executivos ao aprovar moções de censura e há sempre pessoas dispostas a roubar os lugares aos outros.
É esta a minha opinião"

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ao Fado, património imaterial da humanidade,os nossos Parabéns!


Uma excelente noite de “Fado com Elas!”.


Casimira Alves
Ana D’Almeida
Joana Cota
Dora Maria
Muito obrigado a todos, e até para o ano com o “Fado com Eles!”

A Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Agrupamento de Escolas de José Relvas Alpiarça

Portugal pode necessitar de medidas adicionais


A agência de notação financeira norte-americana Fitch considera que Portugal poderá ter de adoptar mais medidas de austeridade em 2012 para evitar derrapagens orçamentais.
"O risco de derrapagem orçamental [em Portugal], quer de piores desenvolvimentos macroeconómicos ou de insuficiente controlo da despesa , é grande", considera a Fitch, sublinhando que o país poderá necessitar de implementar novas medidas de austeridade.

Morreu a única filha de Stalin, no anonimato e na pobreza


Svetlana Stalina, a eterna prisioneira do nome do seu pai, que renunciou aos seus valores e se entregou ao capitalismo, morreu aos 85 anos, vítima de cancro do cólon, no condado de Richland, no estado norte-americano do Wisconsin.
A informação foi avançada na segunda-feira por Benjamin Southwick, cônsul do condado de Richland, que comunicou que Lana Peters, como era conhecida, morreu no dia 22 de novembro.
A sua morte, tal como os seus últimos anos de vida, aconteceram longe dos olhares públicos. Svetlana Stalina mudara de nome e de vida. Várias vezes.
A princesa do Kremlin fugiu para a Índia, Inglaterra, França, abraçou os valores capitalistas, refugiou-se nos Estados Unidos, voltou à Rússia e fixou-se, de novo, nos Estados Unidos.
Nasceu Svetlana Stalina, com a morte do pai passou a ser Svetlana Alliluyeva. Nos Estados Unidos adotou o pseudónimo Lana Peters, renunciou aos valores do pai, renegou as suas raízes, a sua família e morreu longe das câmaras, que a seguiram desde o seu nascimento, em 1926 em Moscovo.
Admitiu ser impossível viver sem "Deus no coração" e pôs em causa as ideologias políticas. Para ela não existiam comunistas ou capitalistas, apenas pessoas boas e más.
Morreu na terça-feira passada, na pobreza e no anonimato, no condado de Richland, no meio do vazio das explorações agrícolas, vítima de cancro do cólon, informa o New York Times.
"Onde quer que eu vá, serei sempre uma prisioneira política do nome do meu pai." Svetlana Stalina
Depois da morte do seu pai, em 1953, que governou a Rússia durante 29 anos, foi despojada dos seus direitos, por Nikita Kruschev. Perdeu a sua fortuna e disse, várias vezes, sentir-se escrava do seu passado. Foi, durante anos, acompanhante do pai em festas e receções. 
Escreveu duas autobiografias. Teve mais três irmãos rapazes e foi a menina do pai, que a cobriu de atenção. Chegou a oferecer-lhe filmes americanos.
Viveu os primeiros anos da sua vida alheada das circunstâncias em que tinha nascido, entre as almofadas do Kremlin, afastada da repressão do pai e do holocausto na Ucrânia. 
Svetlana Stalina, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, em 1967
Segundo escreveu em 1992 o Washington Times, foi alvo de uma tentativa de homícidio pelo KGB, nos anos 60.
Tinha fama de não estar 2 anos no mesmo sítio
Em 1970, três anos depois de ter chegado a Nova Iorque, conheceu William Wesley Peters, discípulo do arquiteto Frank Lloyd Wright. Casaram-se e mudaram-se para uma casa desenhada pelo arquiteto de Scottsdale, no Arizona.
Tiveram uma filha e divorciaram-se, como era habitual nos casamentos de Svetlana. Foi o quarto divórcio da única filha de Stalin, que já havia contraído matrimónio duas vezes na Rússia e uma terceira com um comunista indiano.
Em 1978, naturalizou-se norte-americana, queimou em público o passaporte russo e mudou de nome.
Mudou-se, entretanto, para Inglaterra e depois regressou à Rússia, onde recuperou o seu passaporte, mas não encontrou o reconhecimento que esperava.
Voltou a refugiar-se nos Estados Unidos, desta vez na Georgia, em 1986.
Já em Wisconsin, disse-se incompreendida. Afastou-se dos meios de comunicação, passou a viver na pobreza, com a ajuda de uma filha, cientista a trabalhar na Sibéria.
Passou os últimos anos da sua vida numa enfermaria de Richland. Deu a última entrevista em abril do ano passado ao Wisconsin State Journal. Disse dedicar-se à costura e à leitura, em detrimento da televisão.
Quando ao pai, limitou-se a referir: "Ele destruiu a minha vida." "Onde quer que eu vá", disse, "aqui, na Suíça, Índia, em qualquer lado. Austrália. Em qualquer ilha. Eu serei sempre uma prisioneira política do nome do meu pai."
«Sapo»






Mário Santiago reconduzido no Grupo de Dadores de Sangue

 A Direcção do GDBSCA, desde já agradece a gentileza que possam dispensar à publicação da notícia referente à realização da Assembleia Geral do GDBSCA, realizada em 17/11/2011
Estiveram presentes à volta de 20 associados, tendo sido a Assembleia mais participada dos últimos 10 anos.Momentos marcantes:
       Eleição da Lista proposta, por Unanimidade. É uma lista que privilegia uma continuidade do projecto encabeçado pelo reeleito Presidente da Direcção, Mário Santiago e ainda alguma renovação dos corpos gerentes com a entrada de jovens dadores/as, com um objectivo estratégico de construir e garantir o futuro do GDBSCA.
       O objectivo do saneamento financeiro do GDBSCA foi finalmente atingido, iniciando-se este novo mandato de 2 anos (2012-2013) sem qualquer passivo financeiro, tendo-se liquidado todas as dívidas oriundas da realização do Encontro Nacional e Internacional de Dadores de Sangue que se realizou em Alpiarça em 2007 e que reuniu mais de 1500 pessoas oriundas de todo o país, e em que face ao incumprimento do IPS (Instituto Português de Sangue) na promessa de apoiar financeiramente a realização do evento, resultou numa dívida de 13.000 euros que criou obviamente significativas dificuldades de funcionamento nos últimos 5 anos. Para o sucesso desde saneamento contribuíram principalmente as Empresas, Particulares e Autarquia que nos têm incondicionalmente apoiado.
       Moção votada e aprovada e aplaudida por unanimidade a Mário Peixinho, recentemente falecido e que durante muitos anos, fez parte dos corpos gerentes do GDBSCA.

Corpos Gerentes para o biénio 2012-2013

Mesa da Assembleia-Geral
Presidente            José Miguel Neves Teixeira de Carvalho
Vice-presidente    Manuel da Silva Carapinha
Secretário             Joana Margarida Aparício de Melo
Vice-secretário     Márcia Filipa Silva Pisco Grazina

Direcção
Presidente            Mário Raul Santiago do Céu
Secretário            Jacinto Alberto Engrácia Geada
Tesoureiro            Dora João Duarte Baptista
Vogal                   Alexandra Filipa Vicente Farinha
Vogal                   Nascimento Marques Pedro
Vogal Suplente     Henrique Marcelino Cocharro
Vogal Suplente     Andreia Cristina Costa Sancho

Conselho Fiscal
Presidente             Renato Paulo Ribeiro Fernandes
Vogal                    Vítor Manuel Rosário Cordeiro Lopes
Vogal                    Américo Bernardo Abalada
Suplente                Victor Manuel Jesus Mourato
Suplente                Ana Sofia Mendes de Oliveira

Comissão de Apoio à Direcção
Alpiarça - João Carlos Sanfona Duarte
Alpiarça - Ana Rita Simões Agostinho
Alpiarça - Victor Hugo da Silva de Jesus Mourato
Alpiarça - César Manuel Oliveira
Alpiarça - António José Fogueteiro Lopes
Alpiarça - José Manuel dos Santos Freilão
Alpiarça - Vera Cristina Melgado Capitão Ramiro
Alpiarça - Francisco José Pais Ferreira
Casalinho -  Abílio Manuel Simões Moita
Casalinho - Maria Manuela A Estudante Cocharro
Frade Baixo - Manuel Sardinheiro Leandro
Frade Cima - Liliana Carapinha
«Nota de Imprensa»

Portugal paga 34,4 mil milhões em juros à troika

Dados do Governo revelam que Portugal vai pagar 34.400 milhões de euros em juros pelos empréstimos do programa de ajuda da troika.
Este valor foi apresentado pelo Ministério das Finanças em resposta a uma questão de Honório Novo, deputado do PCP.
O total do crédito oferecido a Portugal no âmbito do programa de assistência da 'troika' é 78 mil milhões de euros.
Durante o debate parlamentar do Orçamento Rectificativo para 2011, no final de Outubro, o deputado comunista pelo Porto perguntou: "Quanto é que serão os juros globais desta ajuda? Quanto é que Portugal pagará só em juros para nos levarem pelo mesmo caminho que a Grécia, ao empobrecimento generalizado do país?".
A resposta do Ministério das Finanças, 34.400 milhões de euros, corresponde ao valor total a pagar ao longo do prazo dos empréstimos.
Isto presumindo que Portugal recorre integralmente ao crédito disponível. Ou seja, que "é utilizado na totalidade" o montante destinado às empresas do sector financeiro - os 12 mil milhões de euros reservados para a recapitalização da banca.
Na resposta do Ministério das Finanças a Honório Novo nota-se ainda que as condições dos empréstimos concedidos por instituições europeias são bastante mais favoráveis que as dos créditos do FMI.
Os empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) têm uma maturidade (duração) média de 12 anos, a uma taxa de juro média de 4%.
Já os empréstimos do Fundo têm uma maturidade média de sete anos e três meses, e uma taxa de juro média de 5 por cento - mas neste caso "a taxa de juro é variável, à qual acresce um 'spread' [diferencial] que depende do montante em dívida e pode chegar a perto de 400 [pontos base] depois dos três primeiros anos", lê-se no documento das Finanças
«Lusa»

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A CDU em Alpiarça sempre se assumiu contra "as carraças"

Não é só o PCP que está mal em Alpiarça. Politicamente falando o eterno problema é a distanciação que as pessoas não conseguem ter dos partidos.
Nunca foi poder em Alpiarça um conjunto de pessoas independentes que se candidatassem como quem se candidata aos Corpos Gerente dos Águias, da Música ou de outra colectividade qualquer o que era bonito de ver e se essa lista ganhasse ao menos veríamos se havia diferenças ou se era tudo a mesma coisa.
Para já o que nunca é explicado nos programas eleitorais pelo menos em Alpiarça que é o que conhecemos, é como pensam os partidos organizar a gestão da câmara. O número de vereadores a tempo inteiro, o número de boys para os gabinetes de apoio nunca nada é assumido. A CDU em Alpiarça sempre se assumiu contra "as carraças" que são aquelas pessoas que se colam à volta do presidente e dos vereadores. Cá em Alpiarça até posso concordar com um presidente e dois vereadores e que o presidente tenha um adjunto, sim senhor pessoa da sua confiança a quem ele confidência os seus problemas e em quem ele se apoia e que os dois vereadores tivessem uma secretária para lhes preparar as papeladas mais sigilosas. Tudo o resto devia ser público. Uma câmara não é uma coisa maçónica, uma sociedade secreta. Numa câmara tudo deve ser o mais transparente possível. O que se passa nas reuniões, as suas deliberações, o que se paga o que se deve devia ser tudo o mais transparente possível. Só assim governando para todos e com todos se faz a Democracia.
De um leitor
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A greve geral de 1918

Um marco na história do movimento sindical português

Em 18 de Novembro de 1918, faz agora 90 anos, rebenta uma das mais importantes greves gerais que houve durante a Primeira República (1910-1926).
O objectivo fundamental dessa greve, dirigida pela União Operária Nacional (UON), criada em 1914, era o de protestar contra a carestia e falta de produtos alimentares e contra a política do governo, pois, enquanto o povo passava fome e os soldados morriam nas trincheiras da Flandres (na Primeira Guerra Mundial), os capitalistas e os agrários enriqueciam mais. Ocupava o poder Sidónio Pais, que só se preocupava com os interesses dos grandes capitalistas e dos latifundiários.
Apesar de longamente preparada e da combatividade demonstrada pelos grevistas, esta greve geral não atingiu os seus objectivos. Por um lado, devido ao fim da Grande Guerra, como ficou conhecida a Primeira Guerra Mundial, cujo Armistício foi assinada em 11 de Novembro, e que rasgou esperanças numa melhoria da situação a curto prazo, contribuindo, desse modo, para a desmobilização dos sectores mais moderados do operariado organizado. Por outro lado, por causa da violenta repressão, lançada sobre os sindicalistas no período que antecedeu a greve geral, expressa em inúmeras prisões e no encerramento dos seus sindicatos. E, por fim, a pandemia Pneumónica, também conhecida por «gripe espanhola», que assolava o País e que se saldou por mais de cem mil mortos, contribuiu igualmente para o insucesso do movimento, na medida em muitos sindicalistas e trabalhadores foram ceifados por ela.
O sidonismo, ditadura de novo tipo
Em Portugal, 1917 marca o início do fluxo do movimento sindical. Havia mais de um ano que Portugal participava na guerra e o esforço que esta exigia ao País acarretava consequências internas desastrosas, cujos efeitos recaíam, fundamentalmente, sobre os trabalhadores. Esta crítica situação «empurra» o operariado para a luta - a luta pelas «subsistências», contra a carestia de vida. Basta dizer que, de Junho de 1917 a Março de 1918, se travaram mais de 200 greves, das quais 171 (83 por cento) foram por questões salariais. Este movimento grevista tem o seu ponto alto no «Verão quente» de 1917, sendo o governo de Afonso Costa obrigado a decretar o estado de sítio (greve geral da construção civil), com mortos e feridos à mistura, seguida de greve geral de solidariedade, de 48 horas, decretada pela UON, ou a mobilizar os grevistas (greve geral dos telégrafos-postais, seguida igualmente de greve geral de solidariedade) e a prendê-los, nos barcos de guerra surtos no Tejo ou nos vários fortes militares espalhados pelo País, acusados de traição.
Mas a luta contra a a falta de géneros não é travada apenas através de greves. Por todo o País assiste-se a vagas de assaltos das populações. Aliás, os assaltos aos armazéns e lojas de víveres são a resposta do proletariado em geral, e do povo em particular, contra a carência e o açambarcamento dos géneros alimentares. Nesses assaltos participam não só os trabalhadores, mas também camadas da pequena burguesia e do campesinato.
O «Verão Quente» de 1917 prenuncia o sidonismo, o qual se inicia com o golpe de Estado militar de Sidónio Pais, levado a efeito em 5 de Dezembro de 1917. Sidónio Pais, que era membro da União Republicana, partido que esteve envolvido no golpe, ensaia em Portugal a primeira ditadura moderna de tipo fascista, que se veio mais tarde a concretizar na Itália com Mussolini, na Alemanha com Hitler, no nosso país com Salazar, na Espanha com Franco, etc..
Passada a primeira fase de expectativa e de «simpatia benévola» para com o sidonismo, depressa os trabalhadores passaram à ofensiva. A UON recusa ocupar o lugar no Senado sidonista e apela à organização operária para se afastar das lutas políticas. Apoiando-se cada vez mais nos monárquicos e na Igreja, Sidónio País levou a cabo uma política ao serviço dos grandes interesses económicos, como Alfredo da Silva (CUF), e dos latifundiários, e de repressão sobre o movimento operário. Os sindicatos da cidade e do campo são encerrados, os dirigentes sindicais são detidos e deportados para África, de onde alguns não regressarão. As cadeias enchem‑se de presos. Desde os mineiros de São Pedro da Cova aos pescadores de Portimão, passando pelos trabalhadores rurais de Alpiarça e Montemor‑o‑Novo, as prisões sucedem‑se por todo o País. Vive‑se um clima de terror, de verdadeira guerra civil. Segundo Bento Gonçalves, quando Sidónio Pais foi morto, em 14 de Dezembro de 1918, tinham passado pelas cadeias sidonistas, em Portugal e em África, cerca de 20 mil presos.(1)
Greve geral nacional
Entretanto a situação dos trabalhadores continuava a degradar‑se. O açambarcamento e a carestia atingiam proporções nunca vistas, a repressão e a censura também, pois, apesar do custo de vida não parar de aumentar, Sidónio Pais reduziu os salários dos trabalhadores do Estado. Perante isto, a UON não podia ficar indiferente. Por um lado, porque muitos trabalhadores defendiam que só a unificação de todas as greves tornaria possível que a luta contra a carestia fosse eficaz, enquanto outros, os mais radicais, consideravam que tinha chegado o momento de se fazer a greve geral expropriadora com carácter revolucionário.
Assim, de acordo com a Federação da Indústria, a UON preparou um plano de trabalhos a levar a cabo pelo movimento sindical, que consistia no seguinte: 1.° - Promover em todos os sindicatos do País assembleias onde se discutiriam as reivindicações das classes profissionais; 2.° - Realização de comícios, no mesmo dia e à mesma hora, em Lisboa, Porto e em todos os centros industriais e agrícolas; 3.º - Preparar uma greve geral nacional, se o Governo continuasse a não atender as reclamações operárias.
Os comícios foram marcados para o dia 15 de Setembro de 1918, tendo‑se realizado cerca de 40. Muitos foram proibidos pelas autoridades, sendo substituídos por assembleias nas sedes dos sindicatos. Em Alpiarça e Montemor‑o‑Novo foram encerrados os sindicatos e mortos trabalhadores a tiro. Como escreveu Alexandre Vieira, secretário‑geral da UON, «a acção desenvolvida, não apenas em Lisboa mas em todo o País, no sentido de ser levada a efeito a greve geral, que abrangeria todo o território continental, foi considerável, podendo mesmo afirmar‑se que nunca em Portugal, como então, se trabalhou tão intensa e extensamente na preparação de uma greve. (2)
Nos meses que antecederam a greve geral, foi lançada uma violenta campanha contra o movimento sindical, que era acusado pelos jornais reaccionários (O Tempo, O Dia, A Situação) de pretender fazer uma revolução bolchevique. A burguesia portuguesa vivia amedrontada com a Revolução Russa, que tivera lugar no ano anterior, e temia que Portugal acordasse um dia sob o poder dos sovietes.
Apesar desta campanha, no dia 18 de Novembro os trabalhadores lançam‑se corajosamente na greve. Esta é seguida pelos ferroviários do Sul e Sueste, que impedem a circulação dos comboios durante vários dias, apesar do Governo ter mandado ocupar militarmente as estações de caminho-de-ferro; pelos trabalhadores rurais do Alentejo, que se mantêm em greve durante uma semana; pelos trabalhadores da construção civil de Lisboa, Évora e Setúbal e pelos gráficos da capital, que não permitem a publicação de jornais durante oito dias. Além disso, a greve foi ainda seguida por uma parte do operariado do Algarve (Portimão, Tavira, Silves e Olhão), do Barreiro e de Setúbal, pelos trabalhadores da Póvoa de Varzim, pelos ferroviários de Vale de Vouga e uma parte dos de Ovar e Gaia.
A greve foi esmagada a ferro e fogo. Centenas de trabalhadores foram presos, por todo o País, e dezenas deles, oriundos de Vale de Santiago, no concelho de Odemira, foram deportados para Angola, sem julgamento nem culpa formada. Eram acusados de terem ocupado as terras dos agrários no primeiro dia de greve. Ao mesmo tempo, dezenas de sindicatos, incluindo a UON, eram encerrados.
As perseguições aos sindicalistas continuaram até ao fim do reinado de Sidónio Pais. E agravaram‑se quando este foi morto, na estação do Rossio, antes de embarcar para o Porto. A Polícia Preventiva - criada pelo ditador e antecessora da PIDE, a polícia política do fascismo - invadia as sedes dos sindicatos e obrigava os sindicalistas a porem as bandeiras a meia‑haste, em sua memória.
Os objectivos imediatos da greve geral não foram alcançados. No entanto, nem por isso se pode considerar que a greve foi um fracasso total. Primeiro, porque menos de um mês depois, a 14 de Dezembro, Sidónio Pais era morto e o seu regime derrubado, sendo restauradas, pouco depois, as liberdades democrático‑burguesas. Segundo, e este é o aspecto mais importante, não obstante a repressão, o movimento sindical não foi desfeito. E tanto assim é que, três meses mais tarde, a 23 de Fevereiro de 1918, inicia a publicação do jornal A Batalha que, começando com uma tiragem diária de 7500 exemplares, em breve alcança os 18 mil, sendo na altura o terceiro diário português, logo a seguir ao Diário de Notícias e O Século. Em Maio desse ano conquista a jornada de trabalho de oito horas, velha reivindicação operária, e em Setembro seguinte funda a CGT (Confederação Geral do Trabalho), a primeira confederação dos trabalhadores portugueses.
Depois de 1918 mais greves gerais foram desencadeadas no nosso país, algumas das quais já depois da revolução democrática de 25 de Abril de 1974. Mas a greve de 18 de Novembro de 1918 permanece como um marco inapagável na História do movimento sindical português.
Por:
Francisco Canais Rocha (Historiador)
Notas:
(1) Bento Gonçalves, Elementos para a História do Movimento Operário Português, policop., 1969, p. 19.
(2) Alexandre Vieira, Para a História do Sindicalismo em Portugal, 2.ª ed., Lisboa, Seara Nova, 1974, p. 135.




Jerónimo de Sousa deveria viver uns dias em Alpiarça

Há dias, ouvi e vi, com muita atenção, uma entrevista do secretário Geral do PCP, Jerónimo de Sousa, à SIC (Alta Definição) e gostei. Acho-o um homem íntegro, dinâmico, combativo e inteligente e não me venham fazer comparações com "pessoas" de Alpiarça, senão ainda morro a rir, porque a única semelhança é serem do mesmo Partido.
Depois de muitos aspectos da sua vida pessoal e partidária que referiu, houve uma simples frase que ele disse com a simplicidade e humildade que lhe são peculiares: "não gosto da falsidade particularmente na vida política, da hipocrisia e gosto das pessoas com carácter". Penso que isto seja sincero. Por aquilo que leio e ouço dele, quero pensar assim.
Penso também que seria muito bom ele vir viver uns dias para Alpiarça (isto é pura utopia, claro!) para saber realmente como as coisas se passam por cá. Porque tenho quase a certeza que nada é contado em Lisboa como devia ser mas apenas e sempre como convém.
Vivendo a realidade e conhecendo algumas das pessoas que estão à frente desta terra e daquele Partido, acho que o Jerónimo de Sousa reflectiria bastante quanto à hipocrisia, falsidade e falta de carácter que por cá existem e tendem a crescer cada vez mais. E, sim, nele reconheço toda a capacidade para mudar muita coisa e pôr uns quantos na ordem e outros a andar para não darem cabo do Partido dele em Alpiarça.
E continuarei a acreditar que nunca se conseguem esconder as realidades eternamente...
De um leitor
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Mais de 314 mil portugueses receberam RSI em Outubro


Dados da Segurança Social revelam que, em Outubro, mais de 314 mil portugueses receberam rendimento social de inserção (RSI), noticia a Lusa.
O número total de portugueses que recebeu RSI em Outubro foi de 314 083, revelam dados da Segurança Social, que referem ainda que o Porto foi o distrito com mais beneficiários

VINHOS DO TEJO QUEREMREFORÇAR NOTORIEDADE DA MARCA

 INICIATIVA VAI ENVOLVER 150 PONTOS DE VENDA DA MODERNA DISTRIBUIÇÃO E LOJAS TRADICIONAIS DE NORTE A SUL DE PAÍS

A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) quer aproveitar o período de Natal e Ano Novo para reforçar a notoriedade da marca dos vinhos da região e decidiu lançar uma campanha que arranca a 1 e termina a 31 de Dezembro, denominada ‘Em cada garrafa, um rio de prémios’.Aproveitando o aumento de consumo de vinhos neste período das festas, a Comissão decidiu reforçar a visibilidade da região premiando os consumidores de vinhos do Tejo, através da realização de um passatempo que será promovido através da colocação de uma gargantilha em todas as garrafas de vinho da região.A campanha é nacional e consiste num passatempo que irá envolver 150 lojas da moderna distribuição e todas as lojas de norte a sul do país trabalhadas por produtores e distribuidores de vinhos do Tejo.Para participar, os clientes dos ‘Vinhos do Tejo’ terão de enviar um SMS para um número indicado na gargantilha, juntamente com os três últimos dígitos presentes no talão de compra e o código do selo de garantia.Além do sorteio diário de cinco vales de 50 euros em combustível, os dois concorrentes que acumularem o maior número de participações serão premiados, no final do mês, com um automóvel e um tablet, respectivamente.“As festas de Natal e Ano Novo estão associadas a um tradicional aumento de vendas e afluência dos consumidores aos pontos de venda e estamos convictos que esta acção terá um grande impacto na promoção dos vinhos da região”, afirma José Pinto Gaspar, presidente da CVR Tejo.A divulgação do concurso será reforçada com a presença de promotoras, que nos fins-de-semana de Dezembro (sextas, sábados e domingos) estarão presentes nos 20 maiores pontos de venda da moderna distribuição, onde vão distribuir folhetos promocionais da campanha e também realizar aconselhamento de compra junto de potenciais clientes de vinhos do Tejo.

CE admite que medidas de austeridade em Portugal são "dolorosas"

A Comissão Europeia (CE) admitiu na passada  quinta-feira que as medidas de austeridade impostas em Portugal são "muito dolorosas", mas afirmou a necessidade de contenção orçamental no país.
A CE considera que a aplicação das medidas de austeridade em Portugal é fundamental para que o país seja "melhor no futuro", apesar dos cortes terem afectado de forma significativa a qualidade de vida das pessoas e o acesso a serviços básicos.

domingo, 27 de novembro de 2011

O PCP/CDU com a sua mão férrea impede quaisquer laivos de independência


 E o colectivo meus senhores(as)?

O PCP, partido que apregoa a liberdade é o primeiro a cortar a liberdade individual aos seus militantes.
Tudo é decidido no "colectivo" e a pessoa individual desaparece.
As únicas individualidades aceites pelo PCP são os heróis da revolução a quem prestam o culto da personalidade.
Esses comunistas são idolatrados no mesmo patamar que os católicos colocam Nª Srª de Fátima, ou os muçulmanos os seus Aiatolas.
Quando se pede para alguém justificar certas atitudes, remetem-se ao silêncio como se a indignação ou críticas só servissem para outros partidos.
Numa situação de moralidade duvidosa o silêncio é de ouro.
Por muitos argumentos que fossem utilizados, a verdade é que não existe uma justificação clara para a acumulação de cargos.
A mesma pessoa fiscalizar e ser fiscalizado abre portas e janelas à imaginação.
Por via da política implementada no PCP entende-se que ainda que estivessem outras pessoas num organismo fiscalizador pouco iria adiantar.
O PCP/CDU com a sua mão férrea impede quaisquer laivos de independência.
Outro deputado CDU na A.M. continuaria a ter de se cingir às estratégias do partido e a omitir qualquer crítica, por muito pequena que fosse, à actuação do executivo municipal.
Como podemos criticar a classe política do PS/PSD/CDS (a direita) por legislarem em causa própria e se rodearem de mordomias, privilégios e leis feitas à medida, se na primeira oportunidade fazemos o mesmo?
O que o PCP/CDU fez em Alpiarça foi utilizar, e aproveitar, uma lei feita à medida para o caciquismo dos partidos nomeados, para seu benefício.
Actualmente este partido é igual aos outros, só que veste uma roupa diferente.
Criticam, criticam, criticam, mas na altura de darem o exemplo e rejeitarem mordomias, leis feitas à medida, privilégios, jobs for the boys, usam e abusam de tudo isso, e ainda acrescentam a sua dose de hipocrisia ao servirem-se daquilo que criticavam anteriormente.
O PCP/CDU não é diferente dos outros partidos! Apenas apela à moralidade para os outros, mas na prática usa da mesma imoralidade.
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De um leitor

Almoço Natal do NACA 2011

 Excelente almoço, bem confeccionado, bem servido onde o NACA reuniu com mestria representantes das equipas amigas, patrocinadores e convidados.
para ver o álbum de fotografias do Almoço de Natal 2011 do NACA - Núcleo de Amigos do Cicloturismo de Alpiarça, basta carregar em:

"Isto é uma praga má que nos rogaram!..."

 Eles falam falam mas na hora da verdade nada fazem. Às vezes são até piores do que os outros que combatiam.
Por isso é que o Povo está neste ponto de miséria franciscana.
E digo POVO por que os "infiltrados" estão bem na vida. Eles e os amigos, conforme é público e notório.
Fazem o que querem e bem lhes apetece e ainda lhes sobra tempo.
É uma alegria viver governado por esta gente!
Tenho dito e, infelizmente tenho de continuar a dizer: "Isto é uma praga má que nos rogaram!..."
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  JOÃO OSÓRIO: Nem uma palavra porque no PCP “direit...

Apontamento

Por: Anabela Melão
Elucidativo o apontamento de Jaime Freire (escritor (Nov. de 2011)
InVerbis
26-11-2011) "Os Senhores da Anomia".

Começa o seu raciocínio a partir da violência das medidas enunciadas na Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2012, a mando da Troika, e a propósito do tão falado "Estado de Necessidade", e critica que ninguém da «sociedade do espectáculo» tenha vindo a público esclarecer o que é isto do "Estado de Necessidade".
Pelo que explica "Imaginem uma zona chamada Notstand, uma «terra de ninguém» situada algures entre as esferas do direito e da política favorável à invasão da tirania e ao ressurgimento da hidra da Excepção. Na ficção das coisas, a Excepção parte da própria Constituição, mas na realidade (no imaginado far west sem simulacros) a hidra emerge do indistinto e brumoso pântano do Estado de Necessidade. Após a ocupação deste território selvagem, os poderosos invasores, a coberto do Estado de Necessidade ou, o que agora é o mesmo, do Estado de Emergência Financeira, agem politicamente através de decretos de urgência com força de lei violadores da velha (e arcaica) Constituição. Modo de actuar que desvenda a decisão normativa do Estado de Excepção sobre a estranha e indiferente (inter)zona de anomia."
E continua chamando à colação o pensador italiano Giorgio Agamben, cujo «passo na floresta» segue desconstruindo neste pequeno texto, e que "define anomia na sua obra Estado de Excepção (Stato di Eccezione). Trata-se de um fenómeno essencialmente político que acontece numa ordem que (já) não é jurídica. O Estado de Excepção aparece como a inclusão e a captura de um espaço que não está fora nem dentro do Direito. Nas palavras do filósofo, «O Estado de Excepção é um espaço anómico, no qual está em jogo uma força-de-lei sem lei», força que é «uma fictio através da qual o direito procura anexar a própria anomia»."
"Isto é, ao incluir a anomia na Lei os Senhores Absolutos da zona exterior legitimam o advento da violência soberana que suspende selvaticamente o Direito, transcendendo-o. Doravante, é a Necessidade que dita, ou diz, o direito positivo através da violência soberana sem lei.
E desta vez na história, na nossa sociedade desenvolvida e pós-moderna (segundo o mito), nem foi necessário os representantes dos alienígenas declararem formalmente o iustitium para a decisão acontecer, ou se manifestar de forma impiedosa. A essência da ordem antes estabelecida, filha da era das luzes, feneceu perante o charivari (a mascarada) neoliberal do declínio do Ocidente como um boneco de neve no solstício de Verão.
Assim, na desencantada situação artificial em que nos encontramos como avatares do nada, abertos depois do colapso dos gigantes os portões do Inferno, que afinal a Constituição também abraça com paixão, pelo campo dos abandonados andando vem o terror anómico."
Conclui "Em nome de uma dívida infinda, andando vem o terror anómico."
A falta de ordem na desordem é uma consequência e não uma causa, digo eu.

A incompetência e incapacidade das “Finanças”


O Estado perdeu no ano passado 684,5 milhões de euros em dívidas fiscais que prescreveram. Trata-se do segundo valor mais elevado desde 2008, correspondente a 233 628 processos (valor que triplicou em relação ao ano de 2009), a maior parte dos quais relativos a impostos municipais sobre o património imobiliário.
Se aos 684,5 milhões de euros de dívidas fiscais que o Estado deixou fugir somarmos as dividas à Segurança Social que também prescreveram em 2010, no valor de 234,5 milhões de euros, o Estado deixou de embolsar qualquer coisa como 919 milhões de euros, o que corresponde a 0,5 do Produto Interno Bruto (PIB). Se as Finanças tivessem cobrado este montante podia ter evitado, por exemplo, o corte de 50% no subsidio de Natal, que vai fazer entrar nos cofres do Estado cerca de 800 milhões de euros:
http://www.facebook.com/antoniocenteio

JOÃO OSÓRIO: Nem uma palavra porque no PCP “direito de opinião” é coisa que não deve exisitir

Vocês acham que o João Osório vai dizer alguma coisa? Bem podem esperar sentados.
Quantas vezes João Osório foi já "espicaçado" nos meios de comunicação e ficou caladinho como um rato?
Ele esteve interessado nos jornais e televisão apenas quando fazia parte da oposição e queria cortar na casaca dos elementos do PS no executivo da Câmara Municipal de Alpiarça, com o objectivo primeiro e se calhar último, de lhes tirar o lugar!...
Agora, talvez até por conselho de algum camarada do "Estado Maior" (que traz tudo debaixo de olho) não pia.
Temos aí alguns exemplos recentes de pessoas que ao falarem por sua livre e espontânea vontade foram praticamente corridas pela máquina controladora.
Como diz o outro:" Viver não custa, o que custa é saber viver".
Mesmo não cumprindo com o que se promete e defende.
Mas, sobre isso, já tanto se falou que nem vale a pena repetir.
Já dizia, há mais de 100 anos(!) o nosso Eça de Queirós sobre os políticos portugueses:
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”.
A razão parece óbvia.
J. J. Germano
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