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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Associativismo tem o dever de intervir directamente

É descontextualizado e sem rigor, o texto que o autor pública, (identificado como sendo o próprio jornal), pelo tipo de ideias arruaceiras que pretende apresentar. Prefiro acreditar que seja resultado de muito desconhecimento e confusão que faz, sobre quem deve dinamizar o desporto e de que forma. Esta é uma questão de princípio do desenvolvimento do desporto, que importa ficar claro sobre os deveres das partes interessadas nesta temática do desenvolvimento desportivo. Entenda-se partes interessadas, a Autarquia, o Associativismo e a Sociedade em geral.
O Associativismo tem o dever de intervir directamente. São as colectividades que têm este papel activo, e o Águias, a Música e as outras colectividades do concelho, com os seus sócios voluntários têm feito um trabalho notável no desporto, ao longo dos anos e no presente. Ao contrário do que afirma o autor, não é apenas o Triatlo, que tem a atenção da Autarquia. Provavelmente, dada a dimensão dos resultados e o mediatismo que a modalidade tem dado ao clube e a Alpiarça, até se poderia reclamar mais alguma atenção.
Repare-se que esta referência do autor ao triatlo, acaba por ser fruto deste mesmo mediatismo, o que é natural, pelos resultados de alto nível dos atletas e do clube e pela projecção do seu nome e de Alpiarça, com as muitas vitórias nacionais e internacionais. Creio que qualquer pessoa de bem, terá orgulho nos atletas da sua terra e Clube, que ganham medalhas Europeias e Mundiais, que são frequentemente referidos na imprensa regional e nacional e que são reconhecidos pelo Comité Olímpico, pela Confederação do Desporto e pelo IDP. Isto é também fruto do trabalho dos voluntários do Clube e da Autarquia e tem sido uma realidade com o Triatlo.
Mas a Ginástica, o Futebol, a Pesca, o Karaté, a Defesa pessoal, as Vespas, o Cicloturismo, o Mototurismo, o Atletismo, a Petanca, o Xadrez e outras actividades que são desenvolvidas pelo movimento associativo, também são importantes, funcionam e desempenham as suas funções sociais à sua escala e dimensão. É por tudo isto, que não se deve aceitar de barato, uma opinião simplista como a do autor.
A Autarquia, por seu lado, faz o que deve fazer: disponibilizar infraestruturas para a prática da actividade física, apoiar logísticamente a organização de eventos e apoiar financeiramente os clubes, com uma política de atribuição de subsídios ajustada à realidade.
Perante estes factos, atrevo-me a desafiar o autor a rever as suas ideias sobre o desporto em Alpiarça, e sobre a responsabilidade da Autarquia no desporto federado, como refere no texto.
O conceito depreciativo do autor sobre o estado do desporto na nossa Terra, toca principalmente os muitos atletas, familiares e voluntários que trabalham a título gracioso para uma causa em benefício da nossa própria comunidade e isenta de interesses político-partidários.
Se o autor procurar saber mais sobre o número de praticantes, as modalidades e as participações dos atletas dos clubes de Alpiarça, talvez se surpreenda. Acredito que se o fizesse antes, não escreveria o que escreveu.
Por:Henrique Arraiolos (na foto)
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