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| Por: Anabela Melão |
No Rato não se fala de outra coisa. Na 'candidata'. Entretanto, alguns portugueses resolveram fazer-se de esquecidos quanto ao que fizeram para merecer aturar dois mandatos presidenciais de Cavaco Silva. A razão, se bem se lembram, prende-se com a feira de vaidades a que aderem com requintes maquiavélicos algumas personalidades do PS. E o que se passou foi que as desavenças internas do PS [ai, casa onde não há pão!] contaminaram a luta pela Presidência da República.
A cagança e os jogos suicidas de certos emplastros do aparelho que vivem à conta e por conta de .... prestam-se agora a alimentar a fornalha das presidenciais entre Sampaio da Nóvoa, Henrique Neto e Maria de Belém. Muitos convictos de que a candidatura presidencial pós-Cavaco será o Cavaco de Troia nas guerrilhas tendencialmente suicidas de algumas criaturas - quais melgas! - que vêm nestas eleições o 'mel'.
A candidatura de Maria Belém, subscrita, aliás, por pessoas que admiro e respeito, não deixa de ser, maioritariamente, uma brincadeira de mau gosto de politiqueiros de quinta categoria mas que pertencem a uma certa casta que se abotoa com largos milhares de euros em Estrasburgo ou com rendimentos garantidos em Portugal mais preocupada com o tamanho do seu umbigo do que com o 'povo português'.
Ou estou muito enganada ou será desta vez que muitos dos eleitores do PS vão deixar de o ser.
A candidatura de Belém, lançada pelo Correio da Manhã, e apoiada pelo Observador, é uma jogada da ala do centro do PAF ou uma manobra de diversão de uma certa ala do PS? O que parece é que ganhando Maria de Belém ganha a tal ala do centro do PAF e essa tal ala do PS. Enfim, ganhe quem ganhar as legislativas, se Maria ganhar, ganhará pela mão de ambas. Até pode ser que uma maioria, uma presidente, possa vir a ser o futuro de Portugal. Triste sina a nossa!
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