Em Portugal, existem 1,145 milhões de pessoas sem emprego estável. Um valor mais elevado do que apontam os dados do INE sobre o desemprego.
O INE dá conta de que em junho houve uma redução do número absoluto de desempregados em Portugal, em comparação com dados do mesmo período do ano passado. O DV refere, contudo, que o número de inativos disponíveis e de subempregados a tempo parcial, não contabilizados no desemprego oficial disparou.
Embora os números revelem que o número de pessoas desempregados baixou de 675 para 636,4 mil, se neste valor fossem contabilizados os trabalhadores inativos [desempregados que não procuraram emprego no período em que foi feito o inquérito do INE] e os em subemprego [aqueles que pretendem ter trabalho a tempo completo mas, como não conseguem, aceitam trabalho a tempo parcial] seriam contabilizadas mais 508,8 mil pessoas e a taxa de desemprego aumentaria de 12,4% para 22%, com um total de 1,145 milhões sem emprego.
"O que isto demonstra, se analisarmos os desempregados com subsídio e somarmos a esses os desempregados sem subsídio, os inativos e subempregados, é que temos mais de 10% da população em crise. Além de que, entre os desempregados, não contam os que estão a fazer cursos de formação e estágios", afirma ao dinheiro vivo a economista Mariana Abrantes de Sousa.
«NM»
2 comentários:
Ainda que o contraditório seja democraticamente louvavel, mesmo correndo o risco de materializar o príncípio político "uma mentira repetida passa a verdade", como se procurou fazer no debate deste tema no JA, não tanto por mentira mas antes por meia verdade falaciosa, a verdade é que "a verdade é como o azeite e vem sempre ao de cima" como ficou retratado até por este comentário que subscrevo na integra.
Os senhores do PSD têm no entanto o mérito de, com a sua meia verdade de que o desemprego baixou para 11,9% de acordo com o INE, terem possibilitado o aprofundamento da matéria, no sentido de que na política, como em muitas outras coisas, nem tudo o que parece, é.
Uma economista "isenta", responsável pelas P/P/P. É bom não embarcar em notícias feitas à medida de objectivos políticos. Basta peqsquisar no Google e comprovar que esta senhora esteve metida até ao pescoço nas referidas parcerias, a começar pela negociata da Lusoponte.
E quem tanto gosta de avançar com números sem os analisar, seria interessante saber quantos empregos se perderam no inflaccionado sector imobiliário que práticamente desapareceu, e, mais importante ainda, quantas P/P/P ruinosas para a economia foram feitas desnecessáriamente quando esta senhora estava caladinha a colaborar na destruição do Pais.
Talvez a solução para alguns gurus da economia seja fazer novas P/P/P a qualquer custo para empregar centenas de milhares de trabalhadores no sector.
E concordo com o comentador anterior... nem tudo o que parece é, e acrescento que treinadores de bancada sem perceberem nada de futebol, há um em cada português.
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