Os
portugueses trabalham em média mais 486 horas por ano do que os seus parceiros
alemães, o que equivale a um acréscimo ligeiramente superior a 35%. Enquanto na
Alemanha, que é o país da União Europeia (UE) onde se trabalha menos horas, a
média é de 1371, em Portugal são efetuadas 1857, sendo o sexto país da UE onde
se trabalha mais horas, depois de Hungria, Estónia, Polónia, Letónia e Grécia,
que é onde se trabalha mais, num total de 2042 horas por ano.
Em
contrapartida, é principalmente em países do Centro e do Norte da Europa que se
verificam menos horas de trabalho. Depois da Alemanha, é na Holanda, Noruega,
Dinamarca e França, todos abaixo das 1500 horas anuais, que se trabalha menos,
segundo as Perspetivas do Emprego referentes a 2014 divulgadas na quinta-feira
pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). No
conjunto dos países industrializados, o México lidera a classificação com 2228
horas anuais por trabalhador, seguido da Costa Rica, sendo a Grécia o quinto
país da OCDE com mais horas trabalhadas.
É claro que
a produtividade também é muito diferente. Enquanto na Alemanha era em 2013 de
126,6, segundo o Eurostat, em Portugal ficou-se pelos 65,3 e na Grécia em 74,8.
A OCDE também adverte que a comparação entre os países tem em conta tanto o
trabalho a tempo integral como o realizado a tempo parcial, o que influencia os
resultados. Os países com elevados níveis de trabalho a tempo parcial registam
logicamente menos horas anuais do que aqueles onde esse regime de trabalho
ainda é pouco expressivo. É o caso de Portugal, onde o trabalho a tempo parcial
apenas abrange 11% do total, enquanto na Alemanha o seu peso é de 22,3% e na
Holanda é de 38,5%.
«DV»
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