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domingo, 12 de julho de 2015

Quase 2.500 empresas faliram este ano em Portugal

Foram 2.484 as empresas declaradas insolventes pelos tribunais nos primeiros meses de 2015, o que significa uma média de 13 entidades por dia. Ainda assim, o número de empresas que entraram em insolvência recuou 8,4 por cento desde janeiro até agora. Os distritos que ainda não conseguiram inverter a tendência e que tiveram um aumento de empresas falidas foram Aveiro, Braga, Portalegre, Setúbal e Vila Real. Apesar do número de empresas que pediram falência, são poucas as regiões que ainda não conseguiram inverter a tendência e tiveram um aumento de empresas falidas. Em Portalegre verificou-se uma subida percentual de 17,7 por cento, em  Braga o valor foi de 11,72 por cento, em Vila Real os dados revelam 9,38 por cento de insolvências, Setúbal está com 5,26 por cento e Aveiro viu o número de insolvências crescer 3,28 por cento. Os dados - em destaque no Jornal de Notícias - são do Instituto Informador Comercial (IIC), uma consultora de gestão de crédito. Resultam do processamento diário de todos os anúncios de Ação de Insolvência publicados no Portal Citius e em Diário de República.Lisboa e Porto em queda.
 Já nos grandes centros geográficos, em Lisboa e no Porto, fecharam 611 e 509 empresas, respetivamente, mas na prática estes dados representam diminuições percentuais na ordem dos 15,5 por cento e dos 12,7 por cento. Apesar de representarem 45 por cento das insolvências de empresas em Portugal, quer em Lisboa quer no Porto registou-se uma queda do número de empresas que faliram. No caso de Lisboa, foram 611 as empresas declaradas insolventes, o que representa uma queda de 15,5 por cento, face ao mesmo período do ano passado. Na região do Porto, a tendência também foi de queda expressiva, o que já vinha a verificar-se desde 2013. Foram 509 as empresas que faliram desde janeiro deste ano, o que representa uma queda de 12,7 por cento, face ao período homólogo. No entanto, segundo os dados do ICC e em termos relativos, as descidas de insolvências mais acentuadas verificaram-se nas regiões dos Açores (-38,2 por cento) e de Beja (-25 por cento).Menos empresas a pedir insolvênciaNo entanto, pode concluir-se que há cada vez menos empresas a pedir falência. O número de entidades que entraram em insolvência recuou 8,4 por cento desde o arranque do ano. De acordo com o ICC, o agravamento das dificuldades das empresas em situação difícil "tem-se traduzido na formação de verdadeiros Ciclos Viciosos (atrasos nos pagamentos a fornecedores, redução do fundo de maneio, incumprimento de obrigações, pressão crescente dos credores com execução de garantias reais,etc.) que conduzem à entrada em processos especiais de recuperação de empresa ou de insolvência". Sector da Informação contraria tendência. Da análise dos dados do IIC por sector resulta que a informação aparece sozinha a contrariar em larga escala a tendência, registando um aumento de 400 por cento de empresas falidas, justificado pelas cinco empresas que fecharam portas este ano, comparativamente à única empresa falida em 2014. O sector do comércio a retalho, exceto o de veículos automóveis e motociclos, continua a ser aquele que apresenta o maior número de empresas a decretar falência, cujo número é 366. O comércio por grosso, exceto nos veículos automóveis e motociclos, regista 277 insolvências e a promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios) e construção de edifícios, com 261 empresas falidas desde o início do ano.
«RTP»

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