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sábado, 6 de junho de 2015

Autarcas e entidades juntos na defesa do Tejo


A Câmara de Abrantes promoveu hoje, Dia Mundial do Ambiente, um debate alargado às comunidades intermunicipais representativas dos municípios ribeirinhos, da Beira Baixa à Lezíria do Tejo, sobre a temática do Rio Tejo e os problemas que têm vindo a afetar a qualidade da água.
Os participantes corroboraram o disgnóstico da Presidente da Câmara de Abrantes que iniciou o debate fazendo alusão a problemas como os baixos caudais, os transvases para o sul de Espanha, as constantes descargas poluentes e as dificuldades colocadas à desova de espécies de peixes migradores. Problemas que colocam em causa o investimento público feito pelas autarquias das margens ribeirinhas, salientou Maria do Céu Albuquerque que apelou ainda à mobilização coletiva dos diversos agentes, direta ou indiretamente, ligados à gestão da bacia hidrográfica do Tejo.
O debate decorreu no Parque Tejo e contou com as presenças de autarcas, do deputado eleito pelo distrito de Santarém, António Gameiro e representantes de outras entidades interessadas na temática. Na plateia muitos cidadãos participaram de forma proactiva no debate.
Acolheu intervenções do presidente do Movimento PROTEJO, de um representante da Agência Portuguesa do Ambiente e do investigador Bernardo Quintella da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa pertencente a uma equipa de investigadores que estudaram uma solução optimizadora para a passagem de peixes, no Açude-Ponte do rio Mondego, em Coimbra.
Maria do Céu Albuquerque reafirmou o compromisso para continuar a avaliar e encontrar novas soluções para o processo de monotorização da escada passa peixes, instalada no açude construído no rio Tejo. Referiu que esse trabalho é feito desde a sua construção, em colaboração com as entidades oficiais e a comunidade académica, lamentando que depois de ter sido nomeada uma comissão técnica constituída por várias entidades que tutelam o rio, as mesmas terem vindo a ser reestruturadas e renomeadas o que se traduziu, por vezes, em dificuldades acrescidas de articulação.
Presentemente, a Câmara está desenvolver contactos com a comunidade científica, em concreto com a equipa de investigadores da Universidade de Lisboa presente hoje em Abrantes.
A Presidente congratulou-se com a mobilização para o debate por parte das entidades presentes e da sociedade civil e salientou ser “urgente” uma nova abordagem sobre o território do Tejo “onde os diversos interesses devem ser concertados em torno dos desafios do desenvolvimento sustentável integrando as perspetivas ambiental, social e económica”.

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