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segunda-feira, 14 de maio de 2012

A retórica de Passos

Passos brindou-nos há dias com uma intensa retórica sobre o desemprego. Que não é necessariamente uma tragédia, que deve ser visto como uma oportunidade, que não há empregos para a vida nem empresas eternas.
Compreende-se uma certa bondade pastoral na prédica mas, aqui chegados, com uma economia e um sistema político de pantanas por culpa exclusiva de quem criou este pântano – um centrão dominado pela avidez do dinheiro e do poder –, o menos avisado é tentar educar o povo para a inevitabilidade da precariedade e do desemprego.
A situação, de má que é, já é suficiente para atormentar o presente e o futuro das pessoas. Que pedem aos políticos soluções e não prédicas.
Fonte:«CM»
Enviado por um colaborador

1 comentário:

Anónimo disse...

O Passos não é nitidamente santo do meu altar.
No entanto, e ao contrário da quase generalidade dos políticos e comentadores, pareceu-me que não deixa de ter alguma razão.
É preciso entender de uma vez por todas que ao Estado apenas compete promover uma política que facilite os privados de criar emprego.
Até à data, era prática de quase todos os governos a criação de empregos.
Os lugares dirigentes iam para a "boyada" do partido do poder, os postos de escravidão e exploração iam para os outros...
Se me falam em alguém que ao fim de 20 ou 30 anos de trabalho perde o seu emprego, concordo que não é fácil criar o seu emprego.
As pessoas merecem respeito e apoio social.
Ainda ontem li que uma queima das fitas, no mínimo cada estudante iria gastar 165 euros, e os custos da semana de bebedeiras orçava em cerca de 250 MIL EUROS, dinheiro pago pelo Estado sob a forma de subsídios à associação de estudantes!!!
Estes são os mesmos estudantes que choram que não têm emprego, e que as propinas são caras.
Evidentemente que não há regra sem excepção e há estudantes com dificuldades e famílias que tiram à boca para formar os filhos.
No entanto há uma faixa que podia gastar 800/1000 euros mensais com apartamentos, 15 ou 20 mil com carros novos para os meninos, computadores topo de gama, telemóveis a condizer, e semanadas/mesadas sumptuosas.
Será que esses pais gastam à tripa forra durante o curso e depois não podem ajudar o filho a criar o próprio emprego?
Com um budget daquela ordem de grandeza não se consegue criar uma empresa?
Começa a ser tempo dos estudantes criarem empresas em vez de se tornarem assalariados e porem em prática os conhecimentos adquiridos.
Se não for numa altura em que não têm família, e que as despesas obrigatórias são próximo do zero, então quando será que adquirem a sua independência?
Quando tiverem família constituída e trabalharem num call center?
Começa a ser tempo da juventude deixar o Fado (da vitimização e do choradinho) e voltar-se para o mundo real onde pode mostrar o seu valor individual.