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domingo, 27 de maio de 2012

Aproxima-se o dia do "Lápis Azul"

O senhor Chico Frade (ler mais em:  "Os Troca-Tintas":) e outros que aqui escrevem tem muita sorte porque apesar desta bandalheira como dizem ainda podem dizer o que entendem. Já não será no meu tempo com certeza mas um dia para isto andar tudo direitinho voltará um lápis de uma cor qualquer que não deixará piar ninguém como antigamente. Sim porque pela volta que as coisas estão a dar já não tardará muito para que isso aconteça. Só quero ver como é que vocês vão escrever dizendo tudo aquilo que lhes apetece.
Pena não estar cá para ver.
Boa tarde e até a próxima.

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece que o senhor é que nas entrelinhas já está a pedir pelo lápis azul, ou ... vermelho.
Parece que fica incomodado com os textos que são produzidos, como se todos tivessem que dizer unanimemente que vivemos numa "democracia maravilhosa", que não há corruptos, e que em 1974 saímos do inferno para viver no paraíso.
Não deixo de lhe dizer que prefiro um lápis de qualquer cor à presente situação em que os filhos e netos não têm futuro e que os LADRÕES deste país são aclamados e se pavoneiam impunes.
Os maioria dos meus comentários vai no sentido de não considerar justo que as "cigarras" que gastaram a seu belo prazer (carros novos para toda a família, férias no Brasil, Cuba, Rep. Dominicana e outras, moradias pra vizinho se espantar, e passeatas todos os fins de semana) tenham de agora ser alimentadas pelas "formigas".
Pois! É que nem todos alinham no choradinho dos "pobres".
Desde miúdo que fui habituado que para matar a fome era um pão e não um bolo ou chocolate.
Toda a gente tem direito a fazer da sua vida o que quer...
Mas, quando derem o trambolhão, não se lembrem das formigas deste País.
Pior ainda é ter de alimentar "cigarras" de outras matas (romenos, brasileiros, africanos, etc) com a pouca comida que resta no nosso(*) bosque.
Concluo dizendo que sou solidário, sim, mas para com as "formigas" que perderam o seu emprego, que têm doenças crónicas, ou que por outro qualquer azar não podem ganhar o seu pão.
Das cigarras só tenho pena de que os poucos neurónios não lhe tenham dado para ver que as vidas faustosas e não consolidadas, um dia teriam de acabar.

(*) Será que ainda é nosso?

Anónimo disse...

Ena pá, até parece que ainda há reaccionários!... como dizia o meu avô Joaquim.
Se calhar este comentarista do lápis azul até tem alguma razão quando diz que um dia não vamos poder escrever com esta liberdade. Também acho que esse dia já esteve mais longínquo.
Há uns tempos achei piada quando alguém escrevia aqui no Jornal Alpiarcense que a polícia política do passado (PIDE e DGS) para além dos métodos sanguinários e repressivos que usavam e que são a todos os níveis condenáveis, era um grupo de amadores comparado com as nossas secretas e outros agentes públicos e privados do actual estado português.
O cidadão nunca teve tanta razão para se sentir ameaçado e devassado na sua privacidade como hoje.
Eles sabem tudo mas tudo da vida privada de cada um de nós. A pretexto de combater a fuga, a evasão fiscal e quejandos faz-se tudo e mais alguma coisa. Com o apoio da própria Assembleia da República conseguem ter permissão para fazer o que lhes der na real gana. Dantes certas coisas eram consideradas "devassa da vida privada". Hoje é considerado combate à fraude e evasão fiscal. Um neologismo que dá para esconder o tal controlo total do cidadão.
Eles sabem o que tem e não tem cada português. O que come, o que bebe, os seus hábitos, se lava os dentes, se toma banho, se faz sexo, se atraiçoa a cara-metade, quanto ganha e quanto gasta, os valores mobiliários e imobiliários que possui, se viaja ou vai de férias, se trabalha ou faz que trabalha, se escreve muito ou pouco, se tem computador, se tem piolhos lêndeas ou outros parasitas, se concorda ou não com o sistema, se é adepto de um grupo nortenho ou torce pelos "mouros". Enfim eles têm-nos a todos debaixo de olho. A partir de agora não haverá mais, direito à privacidade. A privacidade passará a ser uma palavra arcaica com tendência a desaparecer. Como desapareceu a Honra, a Palavra, a Dignidade, a Identidade, a Justiça, o Patriotismo, o Orgulho etc. etc.
Estamos a ser constantemente espiados e controlados, sem necessidade de recurso à pulseira electrónica, mesmo dentro das quatro paredes de nossa casa com portas e janelas fechadas a trancas.
Nós que fomos dos primeiros povos a abolir a escravatura, seremos os novos escravos do século XXI ao serviço do estado e dos corruptos que do estado se servem.
Já pensou nisso?

Almeirante