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sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Balança não pode estar viciada. Não pode haver dois pesos e duas medidas

Em 24 de Novembro de 2006,em plena Reunião de Câmara, um alpiarcense indignado com o procedimento da edilidade, nomeadamente o critério usado na aplicação de coimas, referiria de acordo com o que está lavrado em acta, o seguinte:
"Esteve presente o munícipe EDMUNDO AMBRÓSIO CORDEIRO. Começou por apresentar uma questão relacionada com o processo de contra – ordenação número vinte e nove, de dois mil e seis, que lhe foi instaurado em vinte seis de Outubro findo, por ter colocado sucata no interior da sua propriedade sita em Casal Cambique, Alpiarça, e ainda por ter executado uma fiada de blocos na estrema da mesma, bem como a colocação de um portão.-----------------------

Informou que não ia apresentar a sua defesa por escrito, conforme lhe foi solicitado pela notificação que lhe foi enviada em dois do mês em curso, mas que o faria na presente reunião. Assim, prestou as seguintes declarações: “Não fiz vedação nenhuma, o que fiz foi assentar uma fiada de vinte e três blocos só para amparar as terras que estão mais altas que as do vizinho. Não é, nem era, minha intenção, vedar a propriedade. Em relação ao portão meio assente, apoiado em duas vigas em u, mandei fazer porque desconhecia que era preciso pedir autorização. Há cinco anos me queixo à câmara, que puseram um portão numa serventia e até hoje ninguém foi multado, nada foi retirado, nem foi levantado auto nenhum”.------------------------------------------------------------------
Ainda sobre o assunto, o munícipe sugeriu que os Serviços de Fiscalização da Câmara informassem quantos locais de sucata já foram objecto de processos de contra – ordenação, em resultado de autos levantados pelo Fiscal Municipal, e afirmou que numa propriedade sita na confluência da Rua Dr. Queiróz Vaz Guedes com a Rua Luís de Camões foi construído um portão ilegal.----------------------------------------------------------
Ficou de se solicitar aos serviços de Fiscalização informação sobre os locais de sucata que já foram objecto de contra – ordenação, bem como de se solicitar, com urgência, ao Gabinete Técnico de Obras informação sobre a construção do portão ilegal.-----------------"
Os factos falam por si.
É caso para perguntar: " Então e os outros?"
Como diz o povo: "É por estas e por outras que as cabras marram umas nas outras."
É por estas e por outras que existem por aí uns tipos chatos e incómodos que apesar de tudo, não desarmam. Esses tipos acreditam que um dia a Justiça cumprirá a sua função. A Balança não pode estar viciada. Não pode haver dois pesos e duas medidas.
A Verdade acima de tudo.
Doa a quem doer.
Por: M. Ramos 
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3 comentários:

Anónimo disse...

O articulista pergunta..."Então e os outros?"
Também gostaríamos de saber quem são esses "outros". Até parece que não há mais ninguém a cometer infracções contra o ambiente.
Isto é complicado. Muito complicado.

Já só santo Eustáquio nos pode valer. E que tal umas orações ao nosso santo padroeiro?

Leitor atento

Anónimo disse...

Normalmente as críticas à governação da Câmara apontam noutros sentidos que não o da isenção, imparcialidade e rigor administrativo em actos como os aqui retratados. As coisas são discutidas, ou melhor ventiladas na altura, fala-se em processos, inquéritos, que se vai ver etc. mas pouco tempo depois conclui-se que tudo está na mesma e nada avançou e muito menos se decidiu.Como diz o outro: caíu tudo em saco roto.
por isso há quem diga que para ser político é preciso ter sobretudo, pouca vergonha.

Anónimo disse...

Estava a ler este excerto da acta da câmara de Novembro de 2006 e curiosamente já nesta altura a edilidade mostrava alguma sensibilidade para a defesa do meio-ambiente e preocupação com os depósitos de sucata existentes no concelho:
Segundo a mesma acta "Ficou de se solicitar aos serviços de Fiscalização informação sobre os locais de sucata que já foram objecto de processos de contra – ordenação..."
Mas, a dúvida persiste. Será que este "Ficou de se solicitar informação aos serviços de Fiscalização da Câmara..." FICOU mesmo e só pelas palavras e o assunto como sempre morreu ali? Os factos falam por si.
Será que a principal preocupação dos autarcas era saber "quantos locais de sucata já foram objecto de processos de contra-ordenação..." e não a sua legalização ou erradicação?
Vale a pena reflectir um pouco na actuação de quem vem gerindo o nosso município. Em 2006 era assim. E agora, como é?

Leitor atento