RECOMENDAÇÃO
Companhia das Lezírias deve continuar a ser património público
Considerando que a Companhia das Lezírias comemorou no passado dia 25 de Junho, 175 anos de existência.
Considerando que a empresa foi fundada em 1836 em Samora Correia, no Município de Benavente, onde mantém a sua sede social, as suas principais infraestruturas e um notável património natural, histórico, cultural e humano, onde se incluem cerca de 20 mil hectares de terrenos de Charneca e Lezíria com uma biodiversidade riquíssima.
Considerando que a sociedade anónima tem como único accionista o Estado Português, emprega cerca de uma centena de colaboradores e apresentou nos últimos 15 anos resultados positivos, com mais de meio milhão de euros de resultados líquidos em 2010 e um valor superior a 1 milhão de euros em 2011, num cenário de graves problemas para os sectores onde intervém: agricultura, criação de gado e turismo.
Considerando que a Companhia das Lezírias foi em 2010, a melhor empresa da Região em relação à Solvabilidade e à Autonomia Financeira. No sector Primário e Extractivo, a Companhia das Lezírias, foi a 4ª maior empresa do Ribatejo.
Considerando a forte aposta que a CL está a fazer no reforço da produção agrícola, nomeadamente no arroz e montado de sobro ; produção de carne de qualidade; produção de cavalos de reconhecido valor na Coudelaria da CL; produção de azeite e de vinhos, com vários produtos premiados a nível nacional e internacional.
Considerando a abertura que a administração da empresa tem manifestado para manter e alargar a sua responsabilidade social, traduzida no apoio às organizações de utilidade pública na Região e no País, aos corpos de bombeiros, às festas tradicionais e aos jovens investigadores que ali têm encontrado espaço e apoio para a promoção das suas investigações.
Considerando a política de sustentabilidade ambiental traduzida em práticas amigas do ambiente e em parcerias com várias organizações não governamentais e instituições de ensino e investigação na área do ambiente.
Reunida em sessão ordinária, a 30 de Abril de 2012, a Assembleia da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo congratula-se com os resultados alcançados pela Companhia das Lezírias e exorta o Governo a manter a empresa como património exclusivo do Estado Português, rejeitando qualquer tentação de privatização parcial ou total da empresa.
Esta recomendação deve ser enviada ao Conselho de Administração da Companhia das Lezírias SA.; à Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; ao Senhor Ministro das Finanças; ao Senhor Ministro da Economia e do Emprego; aos Grupos Parlamentares e à Senhora Presidente da Assembleia da República.
Santarém, aos 30 dias do mês de Abril do ano de 2012
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