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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Que democracia se vive em Alpiarça?




Soube recentemente por via de um amigo meu que escreveu uma crónica onde criticava uma pessoa que desempenha um cargo de responsabilidade. Não o ofendeu mas apenas criticou-o provando em quase todos os sentidos os razões que tinha argumentando de várias formas e que não foram desmentidas.

O meu amigo não disse mal dele nem de ninguém, disse a verdade e apenas a verdade. A outra pessoa entendeu as críticas como uma «ofensa pública» e vai daí apresentou queixa no competente ”Ministério Publico” por que se sentiu ofendido na «praça pública» daquilo que foi dito.
Claro que o processo morreu logo à partida porque não tinha pernas para andar (não quero dizer com isto que não pudesse ter. Então a conversa seria outra)
Agora pergunto a quem saiba responder: mas o que se passa em Alpiarça que quando se critica determinadas pessoas publicamente tem que se ir para parar à “Casa da Justiça” para prestar esclarecimento?
Nós alpiarcenses que deveríamos ser um baluarte para a livre expressão; que tantos criticamos e provocamos a ditadura agora estamos fazendo pior com a diferença das posições e pessoas serem diferentes?
Quando criticamos alguém publicamente desde quando estamos a dizer mal dele? Existe uma diferença abismal entre criticar e difamar uma pessoa.
Será que em Alpiarça estamos a começar a viver tempos passados em que «dizer mal do sistema era indicado caminho para «passar uns anos no Aljube» mesmo sem culpa formada ou temos que estar de acordo com o poder institucional instalado seja nas formas que for?
Não saberão as pessoas com responsabilidade que desempenham determinados cargos, que lhes é quase impossível agradarem a gregos e troianos ficando assim sujeitos às mais variadas criticas de quem quer que seja?
Razão tinha o meritíssimo juiz quando no decorrer do julgamento disse: «já está na altura de (os que não gostam de ser criticados) saberem que quem exerce um cargo público e politico ou tem uma grande imagem pública está sujeito às mais diversas criticas. Por consequência as pessoas podem criticá-los.» Está «encerrada a audiência» acrescento eu. Claro que o meu amigo não se livrou de aborrecimento e deslocações mas quem acabou de ser repreendido não foi quem criticou mas sim quem se queixou.

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