Soube recentemente por via de um amigo meu que escreveu uma crónica onde criticava uma pessoa que desempenha um cargo de responsabilidade. Não o ofendeu mas apenas criticou-o provando em quase todos os sentidos os razões que tinha argumentando de várias formas e que não foram desmentidas.
O meu amigo não disse mal dele nem de ninguém, disse a verdade e apenas a verdade. A outra pessoa entendeu as críticas como uma «ofensa pública» e vai daí apresentou queixa no competente ”Ministério Publico” por que se sentiu ofendido na «praça pública» daquilo que foi dito.
Claro que o processo morreu logo à partida porque não tinha pernas para andar (não quero dizer com isto que não pudesse ter. Então a conversa seria outra)
Agora pergunto a quem saiba responder: mas o que se passa em Alpiarça que quando se critica determinadas pessoas publicamente tem que se ir para parar à “Casa da Justiça” para prestar esclarecimento?
Nós alpiarcenses que deveríamos ser um baluarte para a livre expressão; que tantos criticamos e provocamos a ditadura agora estamos fazendo pior com a diferença das posições e pessoas serem diferentes?
Quando criticamos alguém publicamente desde quando estamos a dizer mal dele? Existe uma diferença abismal entre criticar e difamar uma pessoa.
Será que em Alpiarça estamos a começar a viver tempos passados em que «dizer mal do sistema era indicado caminho para «passar uns anos no Aljube» mesmo sem culpa formada ou temos que estar de acordo com o poder institucional instalado seja nas formas que for?
Não saberão as pessoas com responsabilidade que desempenham determinados cargos, que lhes é quase impossível agradarem a gregos e troianos ficando assim sujeitos às mais variadas criticas de quem quer que seja?
Razão tinha o meritíssimo juiz quando no decorrer do julgamento disse: «já está na altura de (os que não gostam de ser criticados) saberem que quem exerce um cargo público e politico ou tem uma grande imagem pública está sujeito às mais diversas criticas. Por consequência as pessoas podem criticá-los.» Está «encerrada a audiência» acrescento eu. Claro que o meu amigo não se livrou de aborrecimento e deslocações mas quem acabou de ser repreendido não foi quem criticou mas sim quem se queixou.
Sem comentários:
Enviar um comentário