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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

“Praia da Patacão" entregue ao esquecimento



A “Praia da Patacão” foi no passado (não muito distante) local privilegiado onde muitos alpiarcenses passavam as suas férias e fins-de-semana. De apoio servia-lhes uma pequena “barraca” de “comes-e-bebes”.


As deslocações eram feitas dos mais variados meios de deslocação existentes na altura.
Ali se convivia em confraternização. Nas redondezas pequenas habitações de palafita que foram pertença de pescadores do Tejo cujos antepassados vieram pelo Tejo abaixo em busca de melhores condições de vida. Durante muitos anos assim foi e assim tem continuado a ser, de outra forma, claro e com outra qualidade de utilizadores.
Pena é que os responsáveis pela conservação e manutenção de todo este espaço o deixem presentemente entregue ao desleixo.
Nesta praia que nos deixa quase ver o que do lado do rio existe está entregue ao esquecimento; tem sujidade espalhada por tudo que é sitio salientando-se o pequeno parque de merendas que deveria ser limpo semanalmente e não apenas na época quente quando é frequentado.
O espaço da “praia” onde nos dias de Sol nos apetece sentar no longo areal vendo a água descer com a força da corrente e onde até o peixe salta pelo silêncio que por ali paira, passou a ser um sítio que nos devemos distanciar.
No olhar das madeiras corroídas pelo tempo e abandonadas por quem nela viveu durante épocas, eram um “cartão de visita” mesmo que depois de deixadas ao esquecimento alguns projectos fossem elaborados com “pompa e circunstância” para que com o tempo se viesse a demonstrar que a defesa do bem patrimonial continua a ser uma ilusão porque tudo continua na mesma, degradando-se dia após dia.
Até a maracha faz distanciar quem dela se aproxima, tal o mau cheiro que nela existe por causa da porcaria que por lá assentou arraiais. Toda a porquidão aqui pode ser encontrada. O cheiro próprio que os salgueiros costumavam ter já se confunde por causa dos cheiros da podridão que por ali permanece.
De pouco ou nada vale colocar pequenas “chapas de alumínio” indicando “zona de recreio” quando na verdade tudo está entregue ao abandono.
Não fossem os pequenos agricultores que amanham as suas terras, dando algum movimento a toda esta zona, talvez as pessoas acabassem por dizer que ali «são terras dos confins do mundo» mesmo que lateralmente passe uma estrada municipal com imenso movimento que liga dois concelhos.
Urge mais do que nunca que os responsáveis pelo concelho comecem a preocupar-se com a “Praia da Patacão” bastando para o efeito que a conservação se mantenha para que esta praia nunca deixe de ser aquilo que já foi.

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