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sábado, 17 de janeiro de 2009

Artigo de Opinião











Comunistas ou Socialistas, eis a questão.

Estamos em ano de eleições autárquicas. Comunistas ou socialistas vão ganhar em Alpiarça porque as outras forças politicas não ganharão de certeza, nem nos próximos anos. Por uma razão simples: têm dificuldade em ter um “cabeça de lista” que consiga dar a volta ao eleitorado.

Mais que pode acontecer é conseguir a oposição eleger um ou dois vereadores para a autarquia. Passarão a ser “simples oposição” que bem controlada até pode acabar ao lado da maioria eleita. Não será agora nestas eleições que a situação irá mudar. Alpiarça é e será nos próximos anos uma terra de esquerda.
É difícil de encontrar alguém que seja bem aceite e que tenha uma boa postura como consiga mostrar ao eleitorado que no seu passado «fez obra». Os poucos que existem deixam muito a desejar. Quanto aos actuais responsáveis pelos partidos existentes localmente (PSD, PP e outros) não apoquentam muito porque o trabalho feito até à data não é por aí além.
A existir, o tal “candidato maravilha” que duvido, terá que alinhar pelas duas maiores forças politicas existentes em Alpiarça (PCP/PS). As “Listas Independentes” apenas fazem alguma mossa aos dois maiores partidos, retirando-lhe votos mas que na prática dificilmente chegam ao poder (como nas últimas eleições) porque não encontram a pessoa certa e que mostre confiança. Poderá ser uma pessoa querida da população mas na hora da verdade separa-se a amizade pela confiança. Todo o resto é uma ilusão. Ficou bem claro na últimas eleições uma candidatura independente que não tinha hipótese alguma de ganhar mas onde a “Cabeça de Lista” é estimada por todos.
A oposição existente, salvo o devido respeito, não consegue obter votos suficientes para destronar os dois maiores partidos com possibilidades de ganhar, a CDU e PS, mesmo que alguns chamem a este último “Alpiarça é a Razão” ou dizerem que a CDU é uma força não partidária de esquerda quando sabemos que é comunista.
Por mim, opino sobre os comunistas porque me merecem confiança e preocupam-se com os problemas do concelho, seja pela maneira partidária ou seja pela disciplina existente neste partido. Têm uma coisa que me interessa muito: a seriedade. Possamos gostar ou não dos comunistas, estes têm uma coisa que me merece toda a credibilidade: são pessoas sérias, talvez pela rigidez partidária.
São homens que estiveram alguns anos no poder instalado e fizeram obra e deixaram algo para as futuras gerações, nomeadamente; como mais importantes: O “Parque Municipal de Campismo” que hoje está entregue ao desleixo; A “Barragem dos Patudos” que é um ex-libris”; a “Urbanização Social dos 46 Fogos”; Urbanização dos 20 Fogos” (traseiras da Câmara); Rede de Esgotos em quase todo o concelho; Prédio de Habitação onde está instalada a Caixa Geral de Depósitos; rede de esgotos no Frade de Cima; Frade de Baixo; construíram o “Quartel de Bombeiros” que orgulha todos os Alpiarcenses; O “Parque Infantil D. Dion”; apoiaram dentro das suas possibilidades o desporto local nunca destrinçando esta ou aquela colectividade; apoiaram e desenvolveram a cultura e recreio nos lugares do concelho;
Lembro-me, que já alguns anos passados, quando a CDU estava na Câmara, de conversar com um responsável desta força politica me dizer «somos defensores de zonas verdes no concelho mas não de qualquer maneira porque tem gastos elevados. Estes gastos geram enormes custos que acaba por prejudicar a população. Zonas verdes a qualquer custo, não!»
Como ponto importante, nunca teve esta força partidária local, o apoio directo ou negociável de qualquer governo. Apresentaram projectos desbravando terrenos e furando pelos corredores dos mais variados ministérios, só terminando quando conseguiam obter a aprovação do então entregue.
Não me consta que algum eleito se aproveitasse do lugar que ocupava para se beneficiar a si próprio ou alguém da família como – que conste – nunca os vi metidos em “trapalhadas”. Por mais pequenas que fossem nem membros da sua família.
Derrotados que foram nas eleições e substituídos pelos socialistas, pouca ou coisa nenhuma fizeram salvo um ou outro melhoramento.
Mais não fizeram do que dar continuidade aos projectos e programas vindos dos eleitos demitidos; para continuarem na rotina, alcatroando esta ou aquela rua, permitindo que a iniciativa privada fizesse umas obras com custos próprios ( Ecomarché e Urbanização Habitacional – onde se situava os armazéns de “Gonçalves Monteiro”; umas rotundas todas embelezadas para os efeitos de algumas não funcionarem; continuaram o desenvolvimento da Zona Industrial, trazendo algumas fábricas que no fundo em nada contribuíram para o crescimento de Alpiarça pois o número da população não aumenta e os problemas que existiam antes continuam praticamente a ser os mesmos. Melhoramentos do dia a dia: um autocarro à disposição da população e pouco mais. Como obras salientes feitas de raízes e de valor ( em parte subsidiadas pelo Estado e CEE) contam-se o novo edifício da Câmara Municipal e da Biblioteca Municipal.
A coisa que mais admiro na obra feita pelos socialistas e que é o “máximo” é o slogan “ Alpiarça, Vila tranquila; Vida de Qualidade” (Puxa!... Acontece cada uma às vezes, como os tiros no Posto da GNR) que não faz sentido algum nem corresponde à verdade se formos visitar algumas zonas de lazer no concelho. Até nos faz doer o coração.
Quanto ao resto: execuções de conservação rotineiras, apenas trazendo benefícios que mais não são do um dever camarário
Como nota negativa (limito-me a dar a minha opinião. De forma alguma desejo que este escrito possa influenciar os estimados leitores e eleitores no próximo acto eleitoral) a polémica em nada abonatória para quem esteve no poder e que tanto criticou o partido da oposição.
Tanta polémica (não tenho conhecimento desde que vivo em Alpiarça de ter acontecido com os comunistas quaisquer controvérsia do género) que acabo por não saber se foi verdade ou mentira porquanto a “matéria-prima” deve ter sido guardada algures.
“Ministério Público”, Tribunais” Relações de Tribunais” Tribunais Administrativos”, “Policia Judiciária”, “GNR” investigações, acusações a pessoas ordeiras mas que tiverem a infelicidade de mandar umas “bocas” contra quem não deviam, denuncias ao “Ministério Público” por “dá cá aquela palha”, ameaças físicas de toda a espécie, falta de liberdade de expressão e sombras de uma ditadura local, desaparecimentos de objectos. Uma confusão de confusões que eu como eleitora nunca imaginei que Aconteceram coisas demais para uma população que é pacífica mesmo que de tempos a tempos goste de mandar a sua garfada.
Votar num partido e numa pessoa que não me dá garantia alguma destas coisas acabarem, então é melhor não votar e sentar-me na “bancada” a ver as restantes cenas do filme porque as surpresas estão reservadas a cada canto da esquina. Dou assim o benefício da dúvida mas não alimento algo parecido com o meu voto no futuro.
Poderia alongar-me mais neste artigo de opinião em cujo espaço me é permitido escrever e opinar seja o fôr, mas não me alongo por uma razão muito simples: não sendo natural de Alpiarça, logo não conheço bem o passado das pessoas, baseando-me apenas, desde que cá habito, naquilo que já vi e ouvi como daquilo que vejo feito pelas duas forças intervenientes. Umas obras foram feitas por uns e outras pelos que estão.
Como diz a minha “Tia Alice” «O povo não é cego. Às vezes engana-se partindo em busca de bom peixe quando o melhor está mesmo na frente da sua casa». Votar nos Comunistas ou Socialistas? Eis a questão.
Mariana Teixeira
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