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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Único retrato conhecido de Scarlatti está nos Patudos em Alpiarça

O único retrato que se conhece do compositor italiano de música sacra e profana, Domenico Scarlatti, está exposto na Casa Museu dos Patudos em Alpiarça. O quadro, uma pintura a óleo sobre tela de 1310x1090 cm da autoria de Domingo António Velasco, foi comprado à família do compositor em 1912 por José Relvas, então ministro plenipotenciário em Madrid. Está datado de 1738/1739.
Domenico Scarlatti (Nápoles, 26 de outubro de 1685 — Madrid, 23 de julho de 1757) veio para Portugal em 1720 ou 1721, contratado pelo rei D. João V para mestre de cravo de seu irmão, o infante D. António, mas acabaria por ser mestre da sobrinha do rei, Maria Bárbara, considerada artista de grande sensibilidade musical. Apesar de ter permanecido cerca de nove anos no nosso país, não há vestígios da sua presença. Nem um simples manuscrito. Em 1729 o compositor vai para Espanha onde continua ao serviço da sua aluna, que casara com o príncipe das Astúrias, D. Fernando VI, tornando-se rainha de Espanha. É naquele país que compõe a maior parte da sua obra, nomeadamente mais de quinhentas peças para cravo, instrumento de que era exímio executante.
José Relvas, “o senhor dos Patudos”, nascido na Golegã em 1858, foi um dos principais dirigentes do Partido Republicano Português. No dia 5 de Outubro de 1910 foi ele quem proclamou a República da varanda dos paços do concelho de Lisboa, desempenhando depois importantes funções públicas no novo regime. Empresário agrícola em Alpiarça, ali construiu a casa dos Patudos onde faleceu a 31 de Outubro de 1929.
Considerado um excelente violinista, José Relvas legou a Quinta dos Patudos e praticamente todos os seus demais bens ao município de Alpiarça. A Casa dos Patudos é referida por especialistas como o mais importante museu autárquico do país.

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