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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Estará a autarquia alpiarcense disposta a ajudar as pequenas e médias empresas do concelho e os mais desfavorecidos por causa da crise?


Antecipação de medidas à crise

A difícil crise que se avizinha vai criar muitas dificuldades às pequenas e médias empresas. Não bastasse, as dificuldades sentidas pela maioria das empresas com assento na nossa região, são as primeiras a sentir as consequências, especialmente aquelas que dependem constantemente da banca, que em abono da verdade, são quase todas.

Para evitar o estrangulamento produtivo de algumas e o encerramento de outras, várias autarquias da região já estão a tomar medidas para que possam incentivar as pequenas e médias empresas.
A Câmara de Tomar avançou com 10 medidas, destacando-se: isenção de 50% das taxas de construção e manutenção; isenção ou redução de taxas municipais. A Chamusca adiantou-se aos sinais que se avizinham. Reduziu a “Taxa da Derrama”; o desconto de 10% em todas as taxas, tarifas e licenciamentos que dependem directamente do município e para que a habitação não diminua, autorizou o pagamento a prestações das licenças de obras.
O Cartaxo lançou já um plano de apoio à comunidade e economia local, cujo pacote prevê «um conjunto de 26 medidas concretizáveis de ajuda às famílias e empresas do concelho, no valor de 33 milhões de euros». Outras Câmaras começaram a baixar a percentagem a que tinham direito no IRS como ainda a criação de tarifas reduzidas na água e no saneamento.
As autarquias com baixos orçamentos estão a voltar-se para o apoio aos mais desfavorecidos de maneira que estes minimamente não entrem na dependência social.
Vai-lhes ser diminuído o preço por metro cúbico no consumo de água com o objectivo dos encargos mensais possam ser aliviados como servir para uma possível «protecção a imprevistos» caso percam o emprego,
Outras estão a analisar a possibilidade de apoiar o comércio local na redução de «taxas de publicidade e ocupação da via pública» a fim de tornar menos onerosos alguns encargos, que para os municípios não deixa de ser uma boa receita
Alpiarça como não poderia deixar de ser, também está englobada nesta crise em que os comerciantes e as pequenas e médias empresas estão a começar a sentir os resultados negativos que se atravessa.
Agora que foi permitido às autarquias locais, fazerem obras sem «concurso público, até 5,1 milhões de euros» para fazer face à actual crise, tem o nosso município o campo aberto para ajudar localmente os empresários como ainda fazer disparar o crescimento.
Resta saber se o endividamento local o permite e se é possível com base nas receitas próprias, fazer obras, logo despesas, com grandes encargos financeiros. Mesmo a ser possível sabe-se quem em termos económicos muitas das autarquias, em especial aquelas com orçamentos baixos, não tem a possibilidade de fazer grandes investimentos.
Curiosamente foi uma permissão governamental dada em ano de eleições que o tempo se encarregará de demonstrar os seus resultados.
Seja como for, uma possibilidade de «obra feita» dada de bandeja a todos os municípios. Alguns, têm agora a possibilidade de mostrar o que podem fazer para outros aumentarem o seu endividamento.
Torna-se assim, necessário que a câmara alpiarcense apoie o tecido empresarial local para que com a sua contribuição e iniciativas, ajude a diminuir o desemprego, cuja taxa têm tendência para aumentar.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o desemprego em Alpiarça está entre os 9 e 12%,com tendência a aumentar em face da presente crise.
A autarquia alpiarcense, face a toda esta crise que em vez de diminuir está a aumentar todos os dias, que pensa fazer?
Não é público quais as medidas de apoio que a autarquia alpiarcense pensa colocar em prática como nos parece não estar muito preocupada em informar, especialmente as pequenas e médias empresas como todos os alpiarcenses.
Perguntamos via e-mail quais as «medidas que a Câmara de Alpiarça pretende levar a efeito para atenuar os efeitos da crise para com as pequenas e médias empresas alpiarcenses». Continuamos por saber qual, já que não foi dada qualquer resposta ao “Jornal Alpiarcense”. Ficamos com a sensação de que a autarquia continua de «costas voltadas» para a imprensa como tem sido seu hábito.

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