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terça-feira, 26 de abril de 2011

Os portugueses não estão apenas com medo. Andam apavorados.


Por: Ramiro Marques

Começando pelos de cima: a elite socialista que se apoderou das administrações das empresas públicas e dos altos cargos da administração pública e espatifou Portugal com as parcerias público-privadas tem medo que o PS perca as eleições. Estamos a falar de milhares de pessoas de pouca valia intelectual que levam para casa todos os meses muitos milhares de euros. Andam apavoradas com a possibilidade de o PS ser corrido do poder.
E é por isso que o responsável por ter espatifado o país não pode simplesmente deixar o poder, pedir desculpa aos portugueses pelo fracasso e desaparecer para sempre da nossa frente. A elite socialista que se apoderou das empresas públicas deficitárias e dos altos cargos da administração pública depende dele para sobreviver.
Indo aos do meio: a classe média e a classe média alta, incluindo os professores, andam apavorados com a possibilidade real de perderem 30% do rendimento nos próximos dois anos. E receiam com razão a perda próxima dos subsídios de férias e de Natal. A este receio outros se juntam: o mais que provável aumento das taxas de juro sobre os empréstimos bancários à habitação e a possível perda de parte do valor dos depósitos, dos PPR e dos certificados de aforro caso o país reestruture a dívida e entre em default.
E agora os de baixo: os reformados com pensões de miséria, os trabalhadores precários e os que trabalham em pequenas fábricas e oficinas a ganhar o ordenado mínimo andam apavorados com a possibilidade real de cortes salariais, atraso no pagamento de salários, desemprego e redução das prestações sociais. Até o pouco que têm está em risco.
Parte de tudo isto já aconteceu. O pavor reside no facto de os portugueses saberem que o pior está para vir. E ninguém sabe ao certo o que aí vem e qual o nível e a extensão do empobrecimento.
A geração que está na faixa dos 50 aos 60 anos de idade suporta o peso da velhice dos pais, sustenta filhos na faixa dos 20 aos 30 anos de idade e vive no pavor de não ter dinheiro nem para uns nem para outros.
Que o sujeito responsável por ter espatifado o país continue a ter a confiança de 33% do eleitorado é algo que revela o estado de insensatez que se apoderou dos portugueses.
Hoje soube-se que afinal o défice de 2010 não foi de 7%, nem de 8%, nem de 9%. Foi de 9,1%. Bastou o INE e o Eurostat contabilizarem três parcerias público-privadas para o valor défice ultrapassar os 9%. Já imaginaram como será em 2013? No ano em que o Estado vai ter de pagar a maior parte das parcerias público-privadas?
Nada faz abrandar o festim despesista dos socialistas. A Parque Escolar já torrou 1,4 mil milhões de euros a requalificar escolas secundárias, muitas em bom estado, e prepara-se para continuar a torrar chamando a si intervenções em mais sessenta escolas.
E o responsável por ter espatifado o país arrisca-se a ganhar as eleições pela terceira vez consecutiva. Se isto não é loucura, expliquem-me, por favor, o que é ser louco.



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