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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Capucho arrasa escolha de Nobre para presidência da Assembleia da República

António Capucho
António Capucho diz que recusou ser candidato à vice presidência da Assembleia da República por entender que não devia ficar abaixo de Fernando Nobre, um homem que considera ser politicamente inconsistente.
Numa carta dirigida aos militantes do PSD Cascais, classificada como confidencial mas publicada hoje pelo semanário SOL, o social democrata revela que foi convidado por Pedro Passos Coelho para ser o número dois de Fernando Nobre. Uma posição que Capucho só aceitaria se na corrida para a presidência da Assembleia da República estivessem personalidades como Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes ou Mota Amaral.
Na carta, António Capucho arrasa a escolha social democrata. Diz que Fernando Nobre, apesar de ser uma figura estimável na sociedade, não tem experiência nem consistência política e é muito polémico. Além disso, Capucho duvida que Nobre seja uma mais valia em termos eleitorais.
"Se o Partido deseja a minha candidatura ao Parlamento não pode ignorar - desculpem a imodéstia - que fui Vice-Presidente do Parlamento Europeu, Ministro dos Assuntos Parlamentares e Líder Parlamentar, para além de todos os outros cargos que o meu curriculum atesta (...) Consequentemente, não aceito a minha secundarização face a alguém que não tem curriculum político minimamente comparável, sem ignorar, porém, as qualidades pessoais e o resultado eleitoral que conseguiu, mas que não me parece transferível para o PSD em termos significativos", escreve António Capucho.
O social-democrata considera, no entanto, Fernando Nobre "uma personalidade representativa da sociedade civil muito estimável (...)", apesar de "inconsistente politicamente".
Capucho questiona se, "em lugar da polémica candidatura à Presidência da Assembleia, não seria mais adequado a abertura para uma pasta na área social no Governo e/ou a candidatura ao Conselho de Estado".
O ex-autarca de Cascais conclui a carta classificando a escolha de Passos Coelho de uma "lamentável caça ao voto", "preterindo militantes prestigiados e com perfil muito mais adequado (...)" e acolhendo "em lugar de destaque e com perspectivas de promoção a seunda figura do Estado, uma personalidade independente sem perfil adequado, muito polémica, sem consistência nem coerência política e de duvidosa atractividade eleitoral".
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/Capucho+arrasa+escolha+de+Nobre+para+presid%C3%AAncia+da+Assembleia+da+Rep%C3%BAblica.htm

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