.

.

.

.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Boaventura Sousa Santos defende que portugueses deviam recusar-se a pagar dívida do Estado

Vanda Luciano *




Boaventura Sousa Santos defende que portugueses deviam recusar-se a pagar dívida do Estado
O sociólogo Boaventura Sousa Santos defendeu ontem que os portugueses deviam recusar-se a pagar a dívida do Estado, evocando o exemplo da Islândia, ao intervir numa conferência promovida pela Associação Abril, em Lisboa.
«Nós não sabemos como chegámos a esta dívida porque ela foi feita nas nossas costas», argumentou o professor da Universidade de Coimbra, que admitiu, no entanto, que a ajuda financeira a Portugal por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) «é essencial».
«O cidadão pode e deve ter uma palavra para decidir onde é que o seu dinheiro é aplicado. Se isso acontecesse não tínhamos comprado submarinos, por exemplo», sustentou.
È sem dúvida uma lição a reter, que devíamos ser mais como a Islândia, e poderíamos intervir no processo decisório como a compra dos ditos submarinos, que compramos mais caros, do que o que devia ser, agora “metem o rabinho entre as pernas” e a culpa morre solteira!
Nós devíamos ter uma palavra sobre o assunto, afinal só me lembro da música “o povo é quem mais ordena” e devia ser assim, infelizmente não é!
Agora os privados tentam aproveitar-se e já querem cortar salários, enfim o que se pode dizer disto? Despedimentos mais fáceis, visam combater a competitividade? Isto está tudo louco, não entendem, que vão querer despedir, só por causa de coisas mínimas ou por conseguir pagar menos a quem faça mais? Anda tudo enganado, os nossos governantes “grandes” não querem saber do povo, querem saber dos “tachos”, dos seus “ boys” e das suas contas no final do mês, nada mais importa, se dúvidas houvesse…
Enfim, o pior ainda não chegou e temo pelo futuro dos meus filhos e pela minha sanidade mental, com tanta medida cega que se aplica sem ver o que está para além do pano e face a um país a cair quase no 3º mundo. Andamos a brincar ao faz de conta e oneramos as gerações futuras, não criamos soluções e cada vez mais acho que precisámos de um 2º 25 de Abril!

 * Licenciada em. Arqueologia e História







Sem comentários: