O presidente da Multiwave e ex-professor catedrático sugere várias medidas para tornar Portugal melhor, a pensar nas empresas e na educação.
O sector educativo é uma das prioridades para José Salcedo, presidente da Multiwave e ex-professor catedrático. Duas das suas sugestões são dedicadas à educação. Outras duas são para melhor a competitividade empresarial.
"Actuar sobre o sector educativo a todos os níveis, reformulando o papel do Estado, por forma a que este passe a estabelecer objectivos de qualidade num extremo e de verificação do cumprimento desses objectivos no outro", diz José Salcedo, que entregaria às escolas "a autonomia e responsabilidade para poderem atrair os melhor alunos e contrarem os melhores professores".
Assim, "retiraria todos os professores da função pública, entregando a sua contratação às escolas onde trabalham".
Ao Estado, concretiza, cabe a tarefa de corrigir assimetrias e garantir que as pessoas mais carenciadas tenham iguais oportunidades e promover um desenvolvimento equilibrado de todas as regiões do País.
"Para tal, recomendo a extinção de muitos serviços do actual Ministério da Educação, sobretudo aqueles que têm vindo a estabelecer políticas educativas".
No campo empresarial, são três as propostas essenciais de José Salcedo."Devem ser tomadas medidas que promovam o crescimento e a competitividade, eliminando obstáculos no mercado de produtos e de trabalho, e promovendo empreendedorismo e inovação".
José Salcedo fala, também, da necessidade de se reformular o capital de risco público, juntando numa única entidade o que hoje está disperso pela Caixa Capital, AICEP Capital e InovCapital. Essa capital de risco pública "deveria ser gerida por pessoas qualificadas e experientes internacionalmente, apoiadas por uma equipa de elevado gabarito e com demonstrada experiência internacional".
Essa entidade deveria gerir uma carteira de fundos flexíveis que totalizaria, pelas contas de José Salcedo, mil milhões de euros de fundos nacionais, que "poderia ter um impacto gigante na transformação do País".
Finalmente, José Salcedo propõe medidas que facilitem a contratação de pessoas qualificadas com licenciatura, mestrado e doutoramento, reduzindo para 20% do valor actual os encargos que as empresas têm de suportar sobre os correspondentes salários.
Numa leitura mais macroeconómica, este empreendedor, que preside a uma empresa exportadora, sugere "a realização de uma auditoria exaustiva e externa para determinar o real estado das nossas contas públicas, a realizar por uma entidade idónea e independente, tornando público o resultado dessa auditoria
«JN»
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