 |
| Por: Ramiro Marques |
Um dos problemas mais preocupantes do sistema educativo português é a ideia generalizada de que todos os alunos têm de chegar ao mesmo sítio ainda que possuem diferentes aptidões, interesses e gostos. Por que razão so os alunos que acumulam insucesso atrás de insucesso são encaminhados para os CEF? Ainda por cima, obrigando-os, em muitos casos, a frequentar cursos desenhados a pressa e sem recursos humanos e materiais capazes? Quantos Cef não passam de cursos de papel e lápis?
O sistema suíço e muito mais eficaz. Todos os alunos são submetidos a exames de saída do sexto ano. Os resultados desses exames encaminham os alunos para uma de quatro vias do ensino secundário. Aqueles que não revelam interesse nem capacidade para o prosseguimento de estudos tendo em vista qualquer forma de ensino superior ou politécnico, são encaminhados para uma via de ensino técnica e profissional que resulta na aprendizagem de um ofício: cozinheiro, pedreiro, canalizador, electricista, mecânico, jardineiro, etc. A aprendizagem de um ofício faz-se com tempo passado na escola e tempo passado numa empresa com quem a escola faz parceria. Os alunos que aprendem um ofício, a partir do sétimo ano, podem transitar para outras vias do secundário.
Sem comentários:
Enviar um comentário