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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ajuda não é um favor, é um ganho para quem ajuda

Por: Vanda Luciano
Arqueóloga
O secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa voltou hoje a defender a renegociação da dívida pública portuguesa, em alternativa à ajuda externa, frisando que "ninguém está a ajudar Portugal desinteressadamente".

"Como é sabido, a verba atribuída para a intervenção externa leva uma imediata cobrança de taxas de juro que significam não um favor mas um ganho para esses países"

As taxas de juro são elevadas, é quase usura, pagamos durante 10 anos? E a taxa de juro onera as famílias e os mais pobres, quem é rico não deixa de o ser, continua com uma porção menor, mas rico na mesma. Preferiria sair da EU a ter que levar com toda esta situação, isto quase parece o início do século passado quando deixamos cair os réis. Até Otelo Saraiva de Carvalho, disse “ se soubesse que assim era, não teria feito o 25 de Abril”, um capitão de Abril dizer isto, face a esta situação, põe-nos a pensar.

Creio que as pessoas, os portugueses ainda não pararam para pensar o que isto quer dizer, muitas pensam que o FMI veio salvar o dia! Sim, pois, o que ninguém lhes disse é que iam onerar as suas casas, a sua alimentação, a sua vida. O que poderiam dar aos seus filhos, etc. Mais imposto, mais taxa sobre taxa e nós nos limiares da pobreza, os pobres mais pobres e os ricos, ricos na mesma…

Acreditem que devemos votar, mas não em mais do mesmo, devemos dar a oportunidade a quem não tem tido voz ou mesmo representatividade, criar condições de diálogo, investir na Educação, investir no Turismo, no Património, na Saúde. Se criamos condições para termos tantos licenciados, temos que criar empregabilidade. Senão criemos ofícios e arranje-se trabalhos dentro desses, nem todos precisam de um canudo para se elevarem junto dos seus pares…precisamos sim, de trabalhar com condições condignas, com respeito uns pelos outros, com profissionalismo, com empenho.

Eu falo por mim, trabalhei para pagar a minha licenciatura, continuo a trabalhar para pagar o meu mestrado, embora fora da minha área, isso não onera o meu valor enquanto pessoa, por vezes temos que sair da nossa área de conforto e enfrentar desafios novos, agarrar oportunidades, o que interessa é sermos produtivos e ficar em casa a pensar o que poderíamos ter sido, não adianta!

Agora, há uma coisa que me preocupa e devemos pensar, onde queremos estar daqui por 10 anos? Dependentes? A EU é um gigante com pés de barro…

Enfim, todos juntos por melhores condições, para uma igualdade real e não aparente!!!

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