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sábado, 26 de março de 2011

Passos Coelho fala a uma “só voz” como se já fosse “primeiro-ministro” ou a oposição desmantelou-se?

Passos Coelho

Passos Coelho já fala como se fosse primeiro-ministro e a oposição não existisse, tanta é a certeza em como vai ganhar as eleições. Estranho é o silêncio da oposição que tanto atacou a falta de apoio dos sociais-democratas para agora não se pronunciar.
O líder social-democrata e candidato a primeiro-ministro argumentou na SIC que se surgir, até às eleições, uma situação de "urgência" em termos de financiamento do Estado português, o actual Governo, embora demissionário, tem poder para pedir ajuda a Bruxelas e ao FMI. "Isso cabe inteiramente ao seu mandato", defendeu, acrescentando que nessa situação teriam de existir "garantias parlamentares" de que o Estado não falhará com os seus compromissos (PC).
Já o secretário-geral do PSD diz que a solução passa por cortar na despesa inútil do Estado. Para Miguel Relvas «o caminho não é o de aumentar impostos, mas cortar na despesa inútil do Estado».
Interrogado se o PSD é favorável a um aumento de impostos, designadamente do IVA, Relvas recusou. O que o líder do PSD tem dito é que, «por princípio, somos contra o aumento de impostos, mas também somos contra a distribuição injusta de sacrifícios».
Pedro Passos Coelho não diz que não vai subir impostos até que haja condições para o «desenho do novo PEC». Em entrevista à SIC, o líder dos sociais-democratas defendeu, no entanto, que «prefere financiar o país ao cortar despesas de empresas públicas e não através do aumento de impostos».
O PSD já tem o seu plano de Governo delineado se vencer as eleições antecipadas. Entre várias alterações Pedro Passos Coelho pretende subir o IVA de 23% para 24% ou
Acrescenta ainda Passos que «quer reduzir o executivo para 10 a 11 ministérios, assim como menos assessores, adjuntos e funcionários dos gabinetes dos ministros e dos secretários de Estado».
Conclui-se deste intróito que Passos Coelho quase tem a certeza absoluta que vai ser primeiro-ministro para delinear as linhas do seu futuro governo.
Estranhamente e silenciosamente vamos assistindo ao silêncio de toda a oposição que já dá como certa a vitória de Passos Coelho.
Assim seja!
Resta-nos saber se a classe mais sacrificada pelas decisões levadas a efeito pelo governo socialista serão agravadas ou se Passos Coelho ainda as sobrecarregará mais porquanto não existem outras maneiras de contornar as dificuldades que o país atravessa.
No “Expresso” desta semana podemos ler os resultados de uma sondagem levada a efeito pela Marktest que torna pública «46,7% das intenções de voto dos portugueses ao PSD».
A ser assim, o partido de Passos Coelho conseguirá chegar à maioria no Parlamento sem necessidade de se coligar com qualquer outra força partidária.
Sendo público os projectos e as mudanças que Passos Coelho pretende levar a efeito para com o país, nomeadamente: as alterações que pretende fazer na “Constituição” para permitir a privatização dos mais variados serviços de forma a “descartar” a responsabilidade do Estado, a fim de tornar Portugal mais competitivo resta-nos a duvida se será benéfico para os portugueses já que até os bens essenciais ficam desprotegidos de quem mais precisa.
Não bastasse, uma das alterações constitucionais que Passos Coelho pretende realizar é propor o reconhecimento da Monarquia.
Seja como for, dúvidas não me restam, é que começa a haver uma quase certeza de que Passos Coelho vai ser o próximo primeiro-ministro e que vai governar com a maioria absoluta.
Quanto à oposição esta desmereceu ou perdeu-se numa qualquer manhã nebulosa que de tão culpada ser pela crise que o país atravessa nem já forças tem para se pronunciar permitindo assim que Passos Coelho já fale a uma “só voz”.
Por: A.C.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vamos ter mais um fartote do tal e do mesmo.
Parece que não merecemos mais do que isto.
O povo é que sabe - como se diz em democracia.
Sabe tanto e é tão teimoso que, nem de porrada é farto!...

Um leitor (independente)