O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou hoje as vozes que defendem a união de todos os partidos num grande Governo.
"Não dêem a este PCP um ou dois ministérios, um ou dois tachos, porque nós não aceitamos", afirmou, explicando que o partido tem "uma só cara" e está "com o país e não com os interesses do capital".
Jerónimo de Sousa falava num almoço-convívio promovido pela Organização Regional do PCP de Santarém, onde referiu que o PCP será poder "quando o povo quiser e não quando os políticos de direita ou os capitalistas afirmarem".
Reafirmando o PCP como "um partido portador de uma política alternativa", o secretário-geral defendeu que "há uma grande identificação dos objectivos" defendidos por PS e PSD para a resolução dos problemas do país e, "se houver possibilidade de integrar este centro governativo, aí está o CDS, porque as diferenças também não são muitas".
O líder comunista foi mais longe e considerou as recentes trocas de acusações, entre o ainda primeiro-ministro José Sócrates e o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, como "zangas de compadres, de quem pensa no poder e não na resolução dos problemas do país".
Em relação às próximas eleições, o secretário-geral defendeu que as dúvidas dos comissários da União Europeia e dos grandes grupos económicos é saber se "está na altura de mudar de montada ou se é melhor juntá-los todos para dar mais força à política de direita".
"Esta direita, mesmo ganhando as eleições, pode não ter força de prosseguir a política de exploração e aumento das injustiças em Portugal e já começam a pensar na ideia de meter o PS também no saco", afirmou
«DE»
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