Desde que Salazar amealhou várias toneladas de ouro para o património nacional que não se recolhia tanto metal como aconteceu nos últimos três anos em Portugal. Nos cofres do Banco de Portugal, as reservas nacionais mantém-se nas 382,5 toneladas, colocando Portugal no 14.º lugar do ‘ranking’ dos países com maior ‘stock’ de ouro do mundo.
Mas agora, em vez de ir para os cofres do Banco de Portugal os portugueses desfazem-se do ouro para sobreviver à crise, por medo de assaltos e por ter atingido um alto valor. Desde 2008, Alemanha é o destino das barras em que as jóias de ouro dos portugueses estão a ser transformadas.
A subida constante do preço do ouro nos últimos anos, a crise económica tem feito com que muita gente veja nas jóias e metais preciosos uma hipótese de liquidez em tempo de necessidade. Além destas vantagens, o ouro tem ainda o acréscimo de mais-valia de não pagar IRS quando é vendido, enquanto os depósitos a prazo pagam 20 por cento e não rendem tanto.
Mesmo para quem se preocupa muito com o futuro, o ouro parece ter os dias assegurados como garante de um bom investimento. O metal é cada vez mais escasso na natureza mas as suas utilizações não param de crescer, das industrias de cosmética, às de nano-tecnologia, passando pelas de semicondutores.
O Conselho Mundial do Ouro, revelou recentemente que a China (segundo maior mercado de ouro e o maior produtor mundial desde 2007) vai duplicar procura de ouro numa década, o que é, claramente, um sinal de que o preço continua em alta.
Fonte: «O Ribatejo»
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