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quarta-feira, 23 de março de 2011

5 lições a extrair do caso da professora de Espinho que falou de sexo de forma inapropriada


Por: Ramiro Marques
O caso da professora da Escola EV23 Sá Couto, em Espinho, que falou de sexo de forma inapropriada nas aulas, e que terminou numa acordo judicial entre as partes, merece reflexão com o objetivo de extrair do caso as lições que se impõem.
#1. Para um professor ser respeitado pelos alunos e pelos pais tem de se dar ao respeito.
#2. O dar-se ao respeito faz-se de três formas: autoridade do saber e da transmissão do saber; uso de linguagem apropriada; a forma como o professor se apresenta na escola.
#3. A autoridade do professor exige algum distanciamento entre o professor e os alunos. Esse distanciamento passa pelo uso apropriado da linguagem e dos tempos. O professor não deve dedicar tempo aos alunos para além daquele que é necessário à concretização das tarefas pedagógicas. O local apropriado para o professor estar com os alunos é a sala de aula. Não são os corredores da escola, a cafetaria ou o recreio. A linguagem que o professor usa com os alunos não deve imitar a linguagem dos adolescentes. Tem de ser uma linguagem de pessoa adulta com maneiras e correção.
#4. O professor não deve descer ao nível dos alunos. Isto significa que não deve deixar-se enredar em discussões e litígios com os alunos que possam colocar em perigo a autoridade do professor. As regras e normas previamente aprovadas e divulgadas pelos órgãos próprios da escola não se discutem; aplicam-se.
#5. A ideia de que o professor é um amigo dos alunos mina a autoridade do professor. A dedicação e o afeto que os professores devem mostrar pelos alunos não é a mesma coisa que a amizade. Só existe amizade entre iguais. A relação que o professor tem como os alunos não é uma relação entre iguais. Logo, não pode haver amizade entre professor e alunos. O que há é dedicação e empenhamento

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