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domingo, 20 de março de 2011

A minha primeira crónica na rádio marinhais…

aos convites amáveis responde-se de forma amável…
por isso à rádio Marinhais fica o agradecimento pela oportunidade de ocasionalmente poder vir aqui tratar de actualidades, muitas delas factualidades.
não obviamente ser ter o olhar talhado politicamente num determinado quadrante e com as consequências que isso poderá ter para a objectividade e subjectividade dos assuntos.
Será assim um percurso, uma forma de vir relatando e comentando aquilo que são actualidades e novidades, tendencialmente dando conta do trabalho que vai sendo desenvolvido na Assembleia da Republica, que como chamada a “casa da democracia”, a todos deve interessar.
Há uns meses estive em Taiwan a convite do seu governo, a ilha a que os portugueses um dia chamaram de Formosa. Uma ilha em dimensão semelhante à Holanda, mas que constitui a 18ªeconomia do mundo, um dos tigres asiáticos, com um crescimento em 2010 de 7,7%, entre outros rácios interessantes.
Quando perguntei ao ministro dos negócios estrangeiros, qual a fórmula do sucesso, como poderia um território tão pequeno e em tão pouco tempo, estar a par de economias como a China, e o Japão, e uma das respostas foi:
apostamos muito na educação para ter os melhores a competir com os melhores.
Têm taxas de literacia na ordem dos 97% e cerca de 25% do seu orçamento é gasto com a educação. E acima de tudo sabem fazer. o desemprego não chega aos 5%...
Também Obama no seu recente discurso à nação, disse que a sua aposta para vencer a crise era uma grande aposta na educação.
Chegou mesmo a dizer que se os jovens quisessem ajudar o seu país: que fossem professores!
ilustrava até a questão como um avião em queda, dizendo:”então vou deitar fora um dos meus motores??!”
Em Portugal, as baixas qualificações constituem um entrave ao processo de convergência real, e nunca foi entendida como um sistema que deve envolver um conjunto de políticas integradas, como o sejam a educação em consonância com o mercado de trabalho, a imigração e o nosso sistema fiscal.
Nós por cá continuamos a discutir fecho de escolas em zonas rurais, instabilidades do corpo docente, dos agrupamentos, se chumbam ou passam alunos, se a escola é um recreio e centro de satisfações?! mais complexo escolar menos complexo escolar, se educação deve ser publica ou privada…
continuamos desfocados daquilo que deveriam ser as nossas prioridades, que são as reais qualificações dos alunos, aquilo que efectivamente serão capazes de fazer.
quase todos os professores que conheço dizem mal da vida que levam, os estudantes dizem mal da vida que levam, os pais e investidores dessa educação fazem contas à vida e perguntam-se se valerá a pena e, regra geral, ninguém leva a educação muito a sério, em especial o próprio governo socialista.
também quanto a números do desemprego, este país não é para jovens…
o ultimo boletim do INE dava conta de números de desemprego jovem na casa dos 22%...o dobro daquilo que é a, já de si, exorbitante taxa de desemprego.
será esta geração dos “deolindos”, assim uma geração tão parva??
não me parece…
aliás, os que por ainda cá vão ficando!!!
Costumo dizer que Agosto voltou a ser o mês dos reencontros dos emigrantes. quando era miúda era o mês dos casamentos…agora já quase ninguém se casa, e muito menos em Agosto. mas continua a ser o mês dos emigrantes.
foi em Agosto que revi os amigos de faculdade que partiram para Angola, para Espanha, Inglaterra, Moçambique e Brasil.
são os novos imigrantes em todos os aspectos, jovens talentosos que partiram em busca de um país que lhes desse o que o nosso não consegue…e tanto que o nosso tem para fazer, que falta cá fazem…é preciso gente para construir um país….
aqui nascem poucos, cada vez menos e os activos tendem a sair, aos magotes. tive muita família imigrante nos anos 60 e 70.
volvido todo este tempo os números da imigração devem estar ao mesmo nível desses idos anos, agora com a família do coração a espelhar esta realidade. a dizerem-me que não gostam de ensinar aos filhos uma língua que não lhes diz nada. é triste…
A culpa deste descalabro não é da crise.
São os socialistas que nos governam. O país das maravilhas de Sócrates, mais não é que o pântano por si alimentado.
Os meus pais viveram melhor que os meus avós. Eu tenho vivido melhor que os meus pais, mas não tenho a certeza que os meus filhos e a sua geração tenha uma vida em Portugal melhor daqui para a frente.
Este desejável ciclo da vida está neste momento posto em causa, resta-nos por isso fazer o que ainda não foi feito. Resta-nos construir a alternativa em quem os portugueses confiem..e que tenha a coragem de por tudo em causa, de fazer de novo, de refundar este país..
Que foi feito de nós, descobridores de meio mundo, que agora parecemos não sair do mesmo sítio?
Lembrava que há 1 ano, e não foi assim há tanto tempo como isso, o país de Sócrates caminhava alegremente para a saída da crise (crise, qual crise?), prosperávamos.
Prometeu-se tudo e a toda a gente em campanha eleitoral: aeroportos, auto-estradas, tgv´s, pontes, empregos,...nada ficou pelo caminho.
O PSD era visto como o rosto do pessimismo, aliás, Sócrates chegou mesmo em campanha eleitoral a ditar o PSD como deprimente… Mas pelos vistos “o mundo” mudou…
A verdade é que sucessivos PEC´s e medidas de austeridade, anúncios e anúncios de reformas que nunca saíram do papel, mais não têm feito que conduzir a números de desemprego galopante, a falso crescimento, endividamento externo avassalador, contas públicas em desalinho com um nível de despesa nunca antes visto (este governo vai deixar-nos a maior divida pública dos últimos 160 anos!),
tudo resultados do puro optimismo irrealista de um governo socialista que vive num mundo à parte.
A semana passada houve noite de Óscares
Desde miúda me fascinam as noites dos Óscares.
Confesso que hoje em dia já não consigo ver o directo da mesma forma como o fazia há uns anos, mas ainda assim gosto de acompanhar as reportagens que precedem, as apostas nos filmes e actores, e se possível ver no cinema aquela que é a minha aposta para o melhor filme. Este ano acertei na escolha e o discurso do Rei é de facto um belíssimo filme…
agora, num pequeno exercício “academista” de Hollywood, atrevo-me a distribuir também algumas destas estatuetas, aos membros do governo, mas em efeito contrario.
Então cá vai:
O Óscar do melhor argumento: vai para:
a ministra da educação e a sua aventura pelas escolas…tenho pena, aliás, muita tristeza mesmo pelo descalabro do sistema educativo português. daquilo que deveria ser um dos “motores” do nosso crescimento…
O Óscar de melhores efeitos especiais: vai para:
ministro das obras publicas…tgv?? aeroporto??? e os anúncios de milhões de investimento no ministério que considero o da dívida publica?? mas alguém acha isto real?? só mesmo em elevado estado de loucura, só mesmo em ficção se poderá dizer coisas semelhantes…quando as empresas publicas mais endividadas e muitas praticamente em falência técnica, são precisamente deste ministério…
O Óscar da melhor banda sonora: vai para:
o ministro dos assuntos parlamentares
funciona um pouco como os violinos no Titanic..o senhor lá vai fazendo coro das politicas de José Socrates, embalando as maravilhas prometidas, a tudo e todos…
O Óscar para melhor filme estrangeiro: vai para:
Dívida pública do ministro Teixeira dos Santos: andamos pelo estrangeiro, e já tem que ser bem longe, a mendigar que nos comprem a divida publica..aquela a quem o Estado paga juros acima dos 7%!!! veja-se a credibilidade deste Estado com juros a 7%..quando as comuns famílias pagam juros na casa dos 4%...
E por ultimo o Óscar para o pior/melhor filme: é mesmo para o primeiro ministro deste governo socialista, pois dá vontade de dizer “tirem-me deste filme!!!...”
e por hoje terminamos a nossa crónica, esperando poder contribuir para passar a mensagem politica de uma forma simples, e numa linguagem por forma a que todos me entendam! Obrigada por me escutarem!
* Deputada do PSD na Assembleia da República





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