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sábado, 12 de março de 2011

Subsídios para um novo modelo de ADD

Por: Ramiro Marues
Começam a estar criadas as condições não só para suspender o actual modelo de avaliação de desempenho mas também para começar a reflectir sobre a criação de um modelo alternativo que separe a avaliação formativa da avaliação sumativa e centre a última numa componente externa. Quais os contornos desse modelo?
O novo modelo de ADD tem de ser consensual e deve ser testado antes da generalização. Não há pressa. O congelamento das progressões está ai, provavelmente vai ficar por cá durante uns anos, e as condições começam a estar criadas para construir um modelo sério, objectivo, rigoroso e imparcial.
As ameaças explícitas do ME, fazendo crer aos directores que poderão ser demitidos caso suspendam o processo de avaliação de desempenho, podem ser contraproducentes para o Governo. Os directores têm tantas razões de queixa quanto os professores de uma tutela que quebrou o contrato de confiança que com eles estabeleceu. Dois anos depois de aprovar e publicar o decreto-regulamentar 1-B/2009 a fixar suplementos de direcção que, nos agrupamentos com mais alunos, podiam atingir os 750 euros mensais, o Governo acaba de reduzir o valor dos suplementos para metade. E ameaça com mais fusões de agrupamentos, reduções de créditos horários e menos assessorias da direcção.
Os professores começam a perceber que não têm nada a perder, só a ganhar, com a suspensão do actual modelo de ADD. O Governo cortou-lhes os salários, congelou-lhes as progressões e ameaça 30 mil com o despedimento em Setembro. Que mais será necessário para os professores se levantarem num vigoroso movimento de protesto e resistência?

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