Por: Ramiro Marques |
Não li a moção aprovada, ontem, no Campo Pequeno, por cerca de 10 mil professores. O resumo que li nos jornais leva-me a concluir que o teor da moção se explica pelo período de aquecimento que a CGTP e o PCP estão a fazer para um 1º de Maio grandioso, de forma a juntar as tropas para aquilo que realmente interessa: as eleições antecipadas. Como entender a referência a greves aos exames?
Só assim se entende a referência, ainda que vaga, a uma hipotética greve aos exames nacionais.
Parece-me claro que essa referência não é para levar a sério. Se fosse, seria grave. A realizar-se seria de uma enorme ajuda à sobrevivência do homem que é a causa de todos os nossos problemas como país e como Povo: José Sócrates. Acresce que, a confirmar-se, a greve aos exames seria um tremendo fracasso: teria níveis de adesão desprezíveis.
Espero que haja bom senso e que os professores percebam o que está em jogo. E o que está em jogo é o completo afundanço do país - e isso significaria cortes ainda mais brutais nos salários dos funcionários públicos, quiçá a saída do euro e a bancarrota total das empresas e famílias - ou o início da regeneração.
Há muito tempo que digo que os problemas que afetam os professores e as escolas, e que foram criados por década e meia de maus governos, só podem ser resolvidos ou atenuados com um novo ciclo político que trace um corte com o presente.
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