Mário Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça |
Mário Santiago, Presidente da Assembleia Municipal de Alpiarça |
Artigo de Opinião
Mário Santiago, Presidente da Assembleia Municipal não foi “feliz” na advertência que fez a Mário Pereira, presidente da Câmara Municipal quando o repreendeu ao dizer que o presidente da autarquia «também deve ser mais sintético nas respostas» para acrescentar que «todos os eleitos (logo englobe o actual presidente) devem preocupar-se em não se perderem em discussões que não contribuem em nada para resolver os problemas do concelho».
Uma observação que não passou como “mensagem” ao ponto de ter sido considerado (Santiago) como «um homem sem carisma» e sem «sentido de dever e serviço público» porque a sua posição e o cargo que ocupa lhe impõe medidas e regras naquilo que transmite para o exterior.
Regras estas que foram violadas quando “criticou” (no bom sentido) o presidente da autarquia e consideradas como uma «falta de respeito» para o cabeça de lista da CDU porque a acusação que lhe pesa, por partes de algumas pessoas é que: «Mário Santiago ainda não percebeu que o cargo que ocupa lhe foi dado pelo Sr. Presidente da Câmara».
Ao advertir inócuamente o edil, desencadeou uma “tempestade num copo de água” que foi mal aceite e compreendido por partes de algumas pessoas que já consideravam Santiago um pequeno “ditador” pelas posições que toma nas sessões da Assembleia Municipal a que preside para agora se agravarem quando e, citando um leitor: «morde a mão a quem o alimenta».
“Morder a mão” a quem o convidou para desempenhar o cargo que agora ocupa não é lá muito democrático.
Não cremos de maneira alguma que Santiago tivesse intenções de “repreender» um outro seu “camarada” que por resultados eleitoras ocupa um cargo que não deve estar sujeito a “criticas levianas” por outro da mesma bancada mesmo que este tenha a atribuição de o fiscalizar.
Santiago sabe também que não é presidente da Assembleia Municipal por acaso e sabe que não existem casualidades porque quando o convidaram até foi «apanhado desprevenido» e até teve que pedir para «pensar» porque nunca tinha pensado em «candidatar-me a um cargo político».
Considero e entendo que o inadequado “lembrete” para com Mário Pereira apenas foi dado como uma “forma de expressão” porque foi inserido numa resposta adequada à entrevista que prestou ao semanário e que fez desencadear toda esta tempestade.
Talvez ainda falte a Santiago experiencia para saber que certas palavras ou afirmações não devem ser feitas em local algum, caso contrário a mensagem não passa.
Foi o que aconteceu, penso eu, como outros devem pensar.
Mas também há muitos outros que assim não o entenderam e tanto que lhe chamam «um menino birrento» quando na verdade de “birrento” não tem nada já que afirmou na entrevista que concedeu: «Se a ideia é fazerem-me um teste de força, podem ter a certeza que não me vão dobrar nesse aspecto» mas tem de teimoso.
Quando um politico, o seu caso, é teimoso, sujeita-se a ser mal interpretado.
Foi o que lhe aconteceu com a “repreensão” que fez a Mário Pereira.
Um leitor deste jornal, num texto que nos enviou (publicado) disse, e muito bem que «outros que andam na política não tenham tanto à vontade de falar no que sentem sem ter que estar a escolher as palavras».
O leitor não está longe da verdade e até pode afirmar o que diz mas Mário Santiago: «deve escolher muito bem as palavras» porque as “outras” (aquelas que disse na entrevista) apenas devem ser ditas nos locais próprios, neste caso na Assembleia Municipal.
António Centeio
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