Temos concelhos demais no país onde alguns são autênticos gastadores do dinheiro público, tal é sua pequenez como a falta de rendimento, para viverem artificialmente à custa do orçamento do Estado levando assim a que ultimamente se venha a discutir uma profunda reorganização no mapa administrativo nomeadamente por partes dos políticos como já começam a aparecer opiniões de especialistas em ordenamento do território que consideram a reorganização como uma «grande vantagem para do redimensionamento dos municípios»
Concelhos existem na nossa região que apenas tem uma freguesia como é o caso de Alpiarça mas temos outros como Santarém que tem 28 freguesias.
A autarca de Abrantes Maria do Céu Albuquerque é, «por principio, favorável a um processo de reorganização administrativa das autarquias» para Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém concordar com a «necessidade de se fazer a reorganização administrativa» de forma a «actualizar este puzzle formado pela grande reforma administrativa realizada no século XIX e que hoje resulta num desequilíbrio grande do território» e Sousa Gomes, presidente da Câmara de Almeirim considerar uma mais valia a anexação do concelho de Alpiarça a Almeirim.
Quase todos os deputados eleitos pelo distrito também estão de acordo.
No entender de Anabela Freitas, Deputada do PS, esta reforma é «urgente e necessária» para António Filipe, Deputado do PCP ser de opinião que a «possibilidade de fusão de autarquias terá que passar por um processo de discussão pública, com a participação dos próprios autarcas e das populações» a fim de se evitarem as «assimetrias regionais». João Sequeira, Deputado do PS entende que o «actual modelo de organização já não responde às necessidade do governo local» enquanto Carina João, Deputada do PSD e colaboradora do “Jornal Alpiarcense” prefere pensar em «juntas de freguesias com competências diferentes em função das solicitações que tenham, ou em função do território que representam, em vez de “fechar, fechar, fechar”.
Filipe Lobo d´Ávila, Deputado do CDS-PP também concorda desde que a reforma «mereça particular atenção» o que já não acontece com José Gusmão, Deputado do Bloco de Esquerda que concorda «com uma reorganização administrativa que racionalize a administração local».
Quando ao líder do PSD distrital, Vasco Cunha, Deputado do PSD a «crise financeira que afecta o Estado e todas as administrações Públicas veio colocar em causa os custos do mapa autárquico» pelo que «aceita que é necessário fazer ajustamentos, desde que tal signifique um ganho em escala para os cidadãos». No entender de José Pacheco Pereira, Deputado do PSD, poderá é faltar «vontade politica» para fazer esta reorganização. Favorável também a toda esta possível necessidade é a opinião de João Galamba, Deputado do PSD porque em principio concorda com a «fusão de município e freguesias» porque «temos um número excessivo de freguesias e de municípios». Quanto a António Gameiro, Deputado do PS diz que no nosso distrito «temos vários municípios contíguos que poderão fundir-se para ganhar escala e maior eficácia de governação». No entanto e curiosamente este socialista entende que o «critério do número de habitantes e da área poderá levar mesmo à extinção de alguns municípios e freguesias» como provavelmente será o caso de Alpiarça que é um dos mais pequenos do distrito como tem pouca população.
Concelhos do distrito com menos de oito mil habitantes (Censo de 2001):
Alpiarça com 7.895 habitantes para uma área de 94,4 Km2; Constância, 3.816 habitantes para uma área de 80,0 Km2; Golegã com 5.745 habitantes e área de 76,5; Sardoal com 4.098 e uma área de 91,4 Km2 e Vila Nova da Barquinha com apenas 7.588 habitantes para 50, 1 Km2.
No contraste temos o Entroncamento como segundo concelhos mais pequeno do país mas com uma população de 18.127 habitantes para apenas 13,7 Km2.
Salientamos que a Câmara de Lisboa já se antecipou à possível reestruturação dos concelhos. Para o efeito já aprovou a diminuição das actuais 53 freguesias para 24, aprovação esta que irá ser sujeita a votação na Assembleia da República.
Por: António CenteioFonte: “O Ribatejo”
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