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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

TRABALHO - Casos de assédio moral são dificilmente detectáveis

Porf: Vanda Luciano - Arqueóloga
Os casos são dificilmente detectáveis devido à dificuldade em distingui-los de situações de conflito laboral, concluiu um estudo que recomenda uma maior especificação de um problema com tendência a aumentar.
È sem dúvida uma questão que tem vindo a atormentar muita gente, os contratos precários, o desemprego que leva a aceitar uma qualquer oferta de emprego, para fugir das estatísticas. Enfim, é como uma “bola de neve”. Até já com o grupo musical “Deolinda”, se brinca com a situação, em que para ser licenciado é preciso ser escravo. Não é mentira, as relações laborais são cada vez mais precárias, ligadas por um ténue comprometimento, em que temos de nos calar para não sermos despedidos e aguentamos humilhações, somos vexados e ainda assim temos que nos manter calados. Isto porque quem tem dinheiro recorre a advogado, a justiça mostra-se, muitas das vezes corrompida, quem paga tem acesso, quem não tem dinheiro sofre…
Nota-se uma certa preferência pelos licenciados, na medida do seu desespero, pagando pouco, mas tendo trabalho qualificado. Quando começamos a ver que a crise nos afecta, afectamos os recursos humanos, vexando e humilhando para que as pessoas se despeçam e não se tenha que pagar qualquer indemnização. Os truques podem ser muitos, desde pedir tarefas fora das funções, do género um administrativo a pôr papel na casa-de-banho, a regar plantas, a apanhar papeis do chão, a ser interpelado de formas menos lisonjeiras nas suas pausas. Enfim, há uma parafernália de métodos para enlouquecer qualquer um.
A questão não se fica por aqui, agora o cerne da questão é conseguir-se provar que estão a fazê-lo de forma indiscriminada com o intuito da pessoa se passar e demitir-se.
Onde estão os nossos governantes, onde está a protecção dos trabalhadores, onde está a justiça?
«Fonta da noticia: Lusa»