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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Fosso entre ricos e pobres diminuiu

O fosso entre ricos e pobres diminuiu, mas Portugal continua entre os países mais desiguais e com maiores níveis de pobreza consolidada da OCDE, segundo um relatório que analisa a evolução da desigualdade de rendimentos nos últimos anos. Analisando a totalidade dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) e também economias emergentes como a China ou a Rússia, o relatório conclui que a desigualdade de rendimentos e a pobreza aumentaram durante a crise.
"Nos primeiros anos da crise, a desigualdade de rendimentos antes de impostos e benefícios aumentou fortemente, mas os impostos e benefícios amorteceram a subida. Nos anos mais recentes, enquanto a desigualdade de rendimentos antes de impostos e benefícios continuou a subir, o efeito de amortecimento abrandou, acelerando a tendência geral de aumento da desigualdade do rendimento disponível", refere a OCDE.O relatório, apresentado hoje em Paris, adianta que entre 2011 e 2012, Portugal registou uma redução de 0,343 para 0,338 no coeficiente Gini, que mede as desigualdades de rendimento (0 para os países com igualdade de rendimentos e 1 para os países com maior desigualdade de rendimentos).Portugal surge, assim, no relatório como o nono país mais desigual entre os 34 da OCDE, acima do índice médio destes países, que é de 0,315.Os 10 por cento da população portuguesa mais rica concentravam 25,9 por cento da riqueza, enquanto os 10 por cento da população mais pobre tinham 2,6 por cento.O grosso da riqueza (63 por cento) concentrava-se nos 40 por cento da população.
No mesmo período, a taxa de pobreza dos agregados portugueses passou de 12,0 para 12,9 e os níveis de pobreza consolidada subiram dos 12,4 para os 13,6, o sexto valor mais elevado entre os 34 países da OCDE e acima do nível médio de pobreza consolidada deste bloco de países, situado nos 9,9.Quando analisada por idade, a pobreza afectava sobretudo as crianças e jovens, com taxas de 17,8 e 15,8 respectivamente. Os adultos (26-65) e os trabalhadores pobres apresentam taxas de 12,5 e 12,2.O estudo adianta também que, pela primeira vez, em 2011, a taxa de pobreza das pessoas com idades entre os 66 e 75 anos ficou abaixo da média da população, sendo essa redução classificada como "considerável" em Portugal e em países como a Grécia, a Irlanda ou a Espanha.Em 2007, os idosos eram o grupo etário com maior incidência de pobreza, enquanto em 2011 os jovens e as crianças tomaram o seu lugar, segundo a OCDE, que tinha identificado a pobreza entre os jovens como uma tendência a longo prazo, mas que a crise acelerou.O estudo assinala que em Portugal, apesar do aumento da desigualdade registada no rendimento de mercado (inclui rendimentos do trabalho, capital e propriedades), a aplicação de benefícios fiscais e sociais resultou numa redução da desigualdade dos rendimentos disponíveis.
O relatório conclui que, entre 2007 e 2011, a maioria dos países da OCDE registou um aumento na desigualdade do rendimento disponível, tendo 15 países ficado mais desiguais e nove mais iguais.Na maioria dos países, o fosso entre os mais ricos e os mais pobres está ao nível mais alto dos últimos 30 anos, com os 10 por cento dos mais ricos a registarem em média 9,6 vezes o rendimento dos 10 por cento mais pobres.O relatório conclui ainda que as desigualdades continuaram a aumentar durante a crise, sobretudo devido ao crescimento do desemprego, mas também depois da crise.
Em países como a Grécia, Irlanda e Portugal, o aumento da desigualdade nos rendimentos do trabalho foi fortemente influenciada pelos efeitos do desemprego, no entanto as diferenças salariais reduziram-se por causa dos cortes nos salários do sector público.
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3 comentários:

Victor Fernandes disse...

Ultima Hora. Recebi esta informação agora mesmo pela internet du TA
O Supremo Tribunal Administrativo aceitou uma das duas providências cautelares que foram entregues com vista ao cancelamento da privatização da TAP.
Em comunicado enviado às redações, a Associação Peço a Palavra (Não TAP os Olhos) refere que “foi aceite pelo Supremo Tribunal Administrativo uma providência cautelar intentada contra o Decreto-lei 181-a/2015 de 24 de Dezembro, que aprovou o processo de reprivatização da TAP devido ao mesmo não prever a abertura de um concurso público, para a contratação de duas entidades independentes para a avaliação económico-financeira da TAP”.
A Associação conclui a nota sublinhando que “está suspenso o processo de reprivatização da
Ultima hora.


TAP, estando o Governo e a Parpública proibidos de continuar com o dito processo de reprivatização”.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Economia confirmou que o Governo foi notificado da decisão judicial, remetendo esclarecimentos para mais tarde.
A Associação Peço a Palavra intentou uma ação junto do Supremo Tribunal Administrativo, pedindo a fiscalização dos argumentos do Governo para prosseguir com o processo de privatização da transportadora, depois de o executivo ter apresentado uma resolução fundamentada com o objetivo de prosseguir com a privatização da TAP, após a mesma plataforma ter interposto neste tribunal uma providência cautelar para tentar travar o processo.
Neste momento, o Governo está a negociar com os dois candidatos que passaram à fase de negociações a melhoria das propostas de compra apresentadas a 15 de maio.
O primeiro-ministro disse hoje que o Governo irá apresentar "uma resolução fundamentada" a contestar a decisão do Supremo Tribunal Administrativo, mas sublinhou que nada há "de anormal" nesta situação.
"Não é a primeira vez que existem providências cautelares apresentadas por grupos de cidadãos junto das instâncias judiciais. O processo não é novo, portanto", afirmou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas numa conferência de imprensa conjunta com o chefe do Governo do Vietname, que está a realizar uma visita a Portugal.
Victor Fernanes

Anónimo disse...

... e o Sr. Victor Fernandes fica muito contente. Assim os seus amigos sindicalistas (12 sindicatos!!!) já podem continuar a sua santa vidinha de greves e destruição de valor da empresa.
Só tenho pena que nesta suposta democracia não haja um mecanismo que permita incluir na declaração de IRS quem quer pagar o quê. Se isso acontecesse veríamos muitos dos defensores das empresas públicas FALIDAS e que as defendem apenas por uma questão ideológica a tomar outras posições. Isso sim, seria uma verdadeira democracia! Quem acha que as EP devem continuar, que AS PAGUE!
Asseguro que eu,e a minha família, contribuintes há décadas deste estado refém da partidarite, não inscreveríamos as EP's como nossas afilhadas e naturalmente não exigiríamos um cêntimo nos "lucros".
Sugeria ao sr. Vitor Fernandes e aos seus camaradas que defendem a TAP que façam uma colecta e enviem o cheque para pagar os 1200 milhões de passivo só dessa empresa. Vão ver que é um bom investimento! NÃO É ISSO QUE QUEREM QUE O ESTADO (TODOS NÓS) FAÇAMOS?

Manuel Carapinha disse...

Manuel Carapinha: deve-se pagar o que se deve mas quem deve pagar os 1200 milhões foi quem os estoirou e não conheço na administração da tap nenhum comunista, portanto se não são capaz de obrigar os imcompetentes a pagar os seus erros de gestão que sejam os partidos deles a fazer a coleta.
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