Com o candidato presidencial apoiado pelo PCP, Francisco Lopes, ao lado, o líder comunista explicou o que considerou ser uma contradição entre o secretário geral do PS e o primeiro-ministro.
"O secretário geral do PS, José Sócrates, defende o Serviço Nacional de Saúde, a segurança no emprego, a escola pública, o princípio dos impostos progressivos consagrados na Constituição, indignando-se com o PSD pelas suas propostas mais trauliteiras. Entretanto, José Sócrates, primeiro ministro, vai fazendo na prática o que José Sócrates, secretário geral do PS, critica", sustentou.
Jerónimo de Sousa afirmou depois que PS e PSD "fingem guerras verbais" e disse que os dois maiores partidos estão "divididos quanto à partilha do poder, mas unidos como 'unha com carne' na política a realizar".
Depois de acusar o PSD de ajudar os socialistas a "salvar a política de direita", o dirigente comunista estendeu as críticas ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
"Se PS e PSD não chegam, vem o actual Presidente da República abençoar os entendimentos e acordos entre os dois", afirmou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista concluiu que "é decisivo lutar" contra "as inevitabilidades, o conformismo, o 'tenham paciência'", luta a que se associa a candidatura presidencial de Francisco Lopes, afirmou.
"Lá estaremos com a nossa candidatura às eleições presidenciais, assumida pelo camarada Francisco Lopes, candidato qualificado e identificado por uma vida dedicada à defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, candidatura que sem equívocos se assume como patriótica e de esquerda", referiu.
O discurso de Jerónimo de Sousa começou com uma evocação do líder histórico comunista, Álvaro Cunhal, naquele que é o vigésimo ano consecutivo da Festa do Avante! na Quinta da Atalaia, terreno que pertence ao PCP.
A Festa do Avante! decorre até domingo, na Quinta da Atalaia, encerrando novamente com um comício com a participação de Jerónimo de Sousa.
«JN»
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