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sábado, 25 de setembro de 2010

Depoimento do Administrador da DESMOR, Carlos Coutinho, um alpiarcense que se destaca pelas suas capacidades profissionais

Depoimento de Carlos Coutinho:
«Há um certo desencantamento na cidade (Rio Maior, onde Carlos Coutinho é administrador da empresa DESMOR) por se ter perdido a piscina olímpica ao ar livre. As pessoas não a apreciam coberta, a escondê-las do sol, a negar-lhes o bronze, o arrepio da pele por graça da brisa…Qual a sensibilidade que a actual administração da DESMOR tem em relação a esta questão?»
CC: «Ainda há dias, eu e o director das piscinas, Dr. Pedro Silva, falávamos um pouco disso.
O espaço exterior das Piscinas tem poucas condições de atratibilidade para a população e as pessoas de fora de Rio Maior.
Temos uma piscina com 4 ou 5 metros de profundidade, com plataformas de saltos e temos uma piscina com 30 centímetros de profundidade para os bebes. Portanto há aqui um gap (um vazio) tremendo em termos daquilo que é o target (neste caso o público alvo e as faixas etárias) que nos importa captar para este tipo de serviço que é a piscina exterior.
Ao contrário daquilo que se possa pensar e e podemos ver isso noutros concelhos – as piscinas exteriores são um suporte financeiro, também para a actividade das próprias Piscinas, porque o exterior é uma actividade rendível, digamos assim.
Hoje a concorrência com a praia e com a proximidade da praia é maior do que era quando a piscina de 50 metros estava descoberta.
Não existiam auto-estradas…enfim, há dez ou doze anos as coisas eram diferentes. Havia menos disponibilidade das pessoas para procurarem a praia, hoje essa disponibilidade é maior.
Mas pela experiência que tenho e por aquilo que já vi noutros concelhos, os parques aquáticos e as piscinas exteriores são tão ou mais procuradas do que as praias. Penso até que é cada vez mais, assim.
Obviamente que tudo aquilo em que possamos pensar, em termos de investimentos, nesta altura , numa piscina exterior ou na adaptação de um piscina exterior neste espaço, criando condições mínimas para respondermos a todas as faixas etárias que queiram vir aqui… -por exemplo os pais que queiram vir com os filhos não têm uma piscina onde se refrescar – é extemporâneo.
No entanto, dentro daquilo que forem as nossas disponibilidades financeiras, conjugando, evidentemente, com a vontade da Câmara Municipal e com aquilo que seja possível, em termos de engenharia, construir, eu acho que pode ser uma preocupação nossa dotar o espaço exterior das Piscinas Municipais de Rio Maior de condições mais alargadas, para respondermos a faixas etárias também mais alargadas do que aquelas que servimos hoje.
Pode ser que se todos estes factores se conjugarem com a redução dos custos, o aumento da receita e também a evolução da crise internacional, e se houver, igualmente, uma resposta diferente da sociedade e do mercado, tenhamos no curto prazo, possibilidades de dotar o espaço exterior de mais condições para ser utilizado pela população riomaiorense.»
NR: Jornal Alpiarcense, agradece ao leitor que nos concedeu o exemplar do jornal “Região de Rio Maior” para podermos transcrever o depoimento de Carlos Coutinho