Desde o Pontal (fins de Agosto) e da respectiva “rentrée” do PSD, defende-se histericamente a necessidade de se viabilizar o OGE 2011, a todo o custo. Mal Passos Coelho definiu as condições necessárias para que o PSD viabilizasse o OGE em causa, Cavaco veio, de imediato, apelar ao “consenso político” em torno de tal OGE; alguns situacionistas profissionais, chegaram mesmo a dizer que se tal não fosse possível (entenda-se, passar o OGE do PS), isso seria a “desgraça total”.
Aparentemente, mesmo antes de se conhecer a proposta do Governo de OGE para 2011, parece que tal “frente” de interessados (mesmo circunstancialmente) na sacrossanta estabilidade de tons rosa-socráticos, quer um “cheque em branco” – ou seja, prefere a garantia de mais do mesmo (um mau orçamento), do que qualquer risco de mudança, qualquer situação que, directa ou indirectamente, perturbe a (cada vez menos) lenta caminhada para o abismo.
Uns porque querem o poder e são “resistentes políticos” (Sócrates e o seu núcleo duro do Governo); outros porque simplesmente têm interesses pessoais situacionistas que dificilmente sairiam incólumes com uma (dita) “crise política”; outros porque são candidatos (ainda que, por enquanto, não formalmente assumidos) às Presidenciais e estão interessados em promover a instabilidade dentro da sua quinta (rectius, partido), para mudar a direcção actual (o know-how interno, no PSD, em matéria de implosão de líderes, é muito grande!).
Ora, com o FMI à porta (ou nós, por cá, fazemos de FMI a sério, ou ele vem mesmo!), Cavaco terá uma hipótese de limpar a face (ou seja, de não ser, eventual e irremediavelmente, acusado pela História de favorecer jogos de política menor, em função dos seus interesses eleitorais e caprichos político-partidários): forçar o seu desejado “consenso político” em torno do OGE 2011, com base na drástica e efectiva redução da despesa pública. Começando pelo emagrecimento do Estado e das suas excrescências caras…tal como, num ápice, a Espanha do também socialista Zapatero acabou por por fazer.
Creio que será mesmo essa a linha política que Cavaco forçará e não propriamente a via mais fácil, ou seja, a cínica e contraproducente reducção dos benefícios fiscais e o aumento de impostos (previsivelmente, o IVA para a casa dos 23%, sendo tal aumento, talvez, a machadada final nas débeis esperanças de recuperação económica).
Por:PFM
Aparentemente, mesmo antes de se conhecer a proposta do Governo de OGE para 2011, parece que tal “frente” de interessados (mesmo circunstancialmente) na sacrossanta estabilidade de tons rosa-socráticos, quer um “cheque em branco” – ou seja, prefere a garantia de mais do mesmo (um mau orçamento), do que qualquer risco de mudança, qualquer situação que, directa ou indirectamente, perturbe a (cada vez menos) lenta caminhada para o abismo.
Uns porque querem o poder e são “resistentes políticos” (Sócrates e o seu núcleo duro do Governo); outros porque simplesmente têm interesses pessoais situacionistas que dificilmente sairiam incólumes com uma (dita) “crise política”; outros porque são candidatos (ainda que, por enquanto, não formalmente assumidos) às Presidenciais e estão interessados em promover a instabilidade dentro da sua quinta (rectius, partido), para mudar a direcção actual (o know-how interno, no PSD, em matéria de implosão de líderes, é muito grande!).
Ora, com o FMI à porta (ou nós, por cá, fazemos de FMI a sério, ou ele vem mesmo!), Cavaco terá uma hipótese de limpar a face (ou seja, de não ser, eventual e irremediavelmente, acusado pela História de favorecer jogos de política menor, em função dos seus interesses eleitorais e caprichos político-partidários): forçar o seu desejado “consenso político” em torno do OGE 2011, com base na drástica e efectiva redução da despesa pública. Começando pelo emagrecimento do Estado e das suas excrescências caras…tal como, num ápice, a Espanha do também socialista Zapatero acabou por por fazer.
Creio que será mesmo essa a linha política que Cavaco forçará e não propriamente a via mais fácil, ou seja, a cínica e contraproducente reducção dos benefícios fiscais e o aumento de impostos (previsivelmente, o IVA para a casa dos 23%, sendo tal aumento, talvez, a machadada final nas débeis esperanças de recuperação económica).
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