Por: Gabriela Coutinho |
E já agora não venham para aqui dizer que eu fui posta fora da câmara pelo Rosa do Céu porque isso é uma pura mentira. Estou farta de calúnias. Eu saí pelo meu pé, porque não me identificava com muitos PSSS e MARs que queriam mandar em mim e nas pessoas que trabalhavam diretamente comigo, porque se eu estava numa lista do PS tinha que fazer o que eles queriam. Ora eu nunca gostei de ser mandada por gente que não sabe mandar e vim-me embora. Foi só isso que aconteceu e não inventem motivos relacionados com o Rosa do Céu. Ele sempre tentou apagar os fogos mas eu não sou de meias tintas e bati com a porta. Depois ficaram os queridos e as queridas que pareciam ter apagado o presidente pois fizeram tudo o que eu nunca quis fazer que era marginalizar alguns que não lhes diziam amen a tudo. E daí para a frente foi o que se sabe e não vou falar mais disso porque até fico sem ar. Será normal um presidente que trabalhou comigo 20 anos pôr a secretária do 2º mandato a ouvir uma conversa entre mim e ele depois de eu ter saído há um ano? Não é, e só me mostrou que havia ali algo esquisito. Devia ser algo grave ou então tinha medo delas, das queridas, das que lhe faziam a cabeça e diziam que eu protegia os comunistas. De mim não porque eu sempre lhe fui fiel na amizade e no trabalho. E por aqui me fico. Teria de fazer este esclarecimento mais cedo ou mais tarde e calhou agora. Não foi o Joaquim do Céu que me afastou nem me usou para nada como eu não me sinto usada pelo Xico Zé. Estou com ele porque quero e quando não quiser, afasto-me. Fui sempre assim e não é agora aos 62 anos que a coisa vai mudar. Espero eu... porque o futuro é uma incógnita.
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1 comentário:
Minha cara professora,acho que todos os que foram seus alunos sabem que é uma pessoa inteligente e tem um coração do tamanho do mundo, só que esse coração às vezes está demasiado perto da boca e depois das palavras ditas não há volta a dar e nem todos têm o dom de perdoar como a senhora tem.
Escreve no seu desabafo "Eu saí pelo meu pé, porque não me identificava com muitos PSSS e MARs (...) Ora eu nunca gostei de ser mandada por gente que não sabe mandar e vim-me embora. Foi só isso que aconteceu e não inventem motivos relacionados com o Rosa do Céu. Ele sempre tentou apagar os fogos mas eu não sou de meias tintas e bati com a porta". Depois mais à frente acrescenta "Será normal um presidente que trabalhou comigo 20 anos pôr a secretária do 2º mandato a ouvir uma conversa entre mim e ele depois de eu ter saído há um ano? Não é, e só me mostrou que havia ali algo esquisito. Devia ser algo grave ou então tinha medo delas, das queridas, das que lhe faziam a cabeça e diziam que eu protegia os comunistas."
Ora, analisemos friamente estas frases que relatam episódios passados em épocas diferentes: a professora primeiro refere-se a uma época em que ainda era vereadora, mas sentia que a alguém a queria fora da equipa. Depois refere-se a uma época em que já não era vereadora e tinha ido à câmara falar com o seu "velho" amigo de 20 anos, tão amigo que pôs uma terceira pessoa a escutar a conversa e se calhar com um telefone a gravar, sem que a professora se apercebesse.
Mesmo depois deste segundo episódio continua firme a defender o seu "amigo" que estava sempre do seu lado a apagar fogos, ateados pelos outros, até adivinhamos quem, um deles um fulano de voz grossa.
Por acaso admiro-me, depois de tudo o que sucedeu consigo e com outras pessoas dentro do PS e do MAR, que continue convencida que o seu amigo era um seu incansável defensor e que estava sempre do seu lado. Nunca desconfiou que em política porca há muito teatro? Nunca lhe passou pela cabeça que os outros estavam instruídos para a picarem, de modo a que fosse a senhora a sair, já que o instrutor sabia o seu modo de agir? Não era um jornal regional de grande tiragem que alegava na altura que a senhora era uma vereadora da maioria, mas que fazia oposição ao seu presidente? Não é óbvio que quem faz oposição dentro de uma maioria, mais tarde ou mais cedo é "levado(a)" a sair por si só, nem que seja pelo mal-estar que começa a sentir, ou sentir-se a mais?
Sommer
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