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sexta-feira, 22 de março de 2013

Em que país vivemos nós?

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A NOSSA JUSTIÇA EM TODO O SEU ESPLENDOR

A JUSTIÇA DO POBRES

 Noticia o semanário ‘O Ribatejo’:  “António chegou a ter uma existência desafogada no oficio de padeiro, mas as consequências da vida empurraram-no aos poucos para a pobreza. E no seu termo a absoluta indigência. Escolhas erradas mais os reveses do caminho palmilhado conduziram-no ao patamar da miséria absoluta, até ao ponto de onde já não sai sem ajuda. Alguém então se condoeu dele. Era já uma lástima do homem que fora.Essa alma anónima e caridosa diligenciou o necessário para que o sistema social o acolhesse num lar, numa vila aqui bem perto de nós. Agora entrevado e já apatetado de juízo, a terem de mudar-lhe as fraldas de incontinente acamado, recebeu há dias estranha visita. Soldados da GNR bateram à porta do lar, à procura dele. Os guardas traziam ordem de prisão do tribunal. Condenado a nove meses de reclusão, por dividas e trapalhadas antigas. Muito antigas, como é costume das decisões tomadas nos nossos tribunais. Dado o estado de saúde mental e física do candidato a detido, foi um pouco complicada a manobra efectuada para o conduzirem à prisão. Mas ele lá foi, sem compreender para onde e por que razão o levavam. E no apatetado torpor ante tudo o que o rodeia, foi incapaz de apreciar o disparatado brio militar com que a guarda executou a ordem tão absurda do tribunal.”

A JUSTIÇA DOS RICOS E DOS ABUSADORES DE CRIANÇAS


  Segundo noticia o jornal ‘SOL’: “Carlos Cruz tenciona entregar-se às autoridades depois da Páscoa, para cumprir a pena de prisão a que foi condenado por abusos sexuais no processo Casa Pia.” 

Ora aqui temos um exemplo da nossa justiça onde alguns condenados tem a dita sorte de poderem escolher o dia em que querem ser presos e outros que são presos sem saber o porquê das razões

3 comentários:

Anónimo disse...

A actual ministra da Justiça, preconiza mudanças nos processos judiciais, na responsabilização dos seus agentes, na celeridade, na forma e conteúdo das execuções de penhora etc.etc.
Ainda as reformas estão em projecto e já um chorrilho de protestos ecoa por tudo o que é sítio, por parte de advogados, solicitadores, agentes de execução e correlativos, a dizer que a reforma não vai servir de nada.
Pois não. Só serve se for só a favor deles. Só serve se lhes forem dados plenos poderes para fazer o que bem entenderem.
Os poderes dos agentes de execução, face ao vulgar cidadão indefeso, então nem é bom falar.
Um dia traremos aqui histórias verídicas que arrepiam, onde entram esses tais "agentes de execução" ( advogados e solicitadores) com os super-poderes que lhes foram dados por um grupo mentecapto qualquer "A Bem da Nação".

Anónimo disse...

Enquanto isso, a canalha que roubou o BPN passeia-se em Mercedes e BMW topo de gama, exibindo o dinheiro roubado.
Che Guevara dizia que o poder está na ponta da espingarda.
Traduzindo isso para a justiça, a lei é medida conforme a capacidade financeira dos arguidos.
Se for pobre, rapidamente passa a réu.
Se for rico e poderoso, "adoecem" juízes, os recursos e as artimanhas para contornar a lei são utilizadas até à exaustão.
Nenhum rico é condenado.
Coincidência ou não, é sabido que os tribunais principais hoje resultam de nomeações negociadas pelos partidos e por seitas como a maçonaria.
Não tenho dúvida nenhuma que se o Vale Azevedo tivesse tido a inteligência suficiente para ocupar um cargo partidário nunca teria sido preso.
Como roubou os ricos em vez de roubar os cofres públicos, vai andando de processo em processo para ser exibido como bode expiatório da justiça.
Mais valia ter roubado o BPN...

Anónimo disse...


Assim vai este país. E pelo caminho que as coisas levam, não vislumbramos qualquer mudança capaz de uma melhoria, ténue que seja.
Basta ver, mesmo a nível do poder local, tendo em conta as denúncias ultimamente expostas neste jornal, a actuação dos nossos políticos que tanto reclamam da governação central e da Justiça que temos no país e depois permitem e alimentam verdadeiras injustiças dentro da sua própria casa. A falta de acção pode criar injustiças muitas vezes irreparáveis, como todos sabemos.
Não basta dizer. É preciso ser coerente com o que se diz.
E ter coerência, é ter a capacidade de aliar a palavra à acção e a acção à palavra.
Temos legitimidade para perguntar: " O que fariam se fossem governo? O que é que poderíamos esperar deles?"

Xico Frade