Gostaria de me apresentar aos leitores deste jornal, sou formador profissional e trabalho um pouco por todo o distrito de Santarém, morava em Almeirim mas a minha mulher convenceu-me a vir morar em Alpiarça numa das novas urbanizações. Para mim é o melhor local de Alpiarça. Devo confessar com toda a sinceridade, que não me arrependi, antes pelo contrário.
O que eu acho é que Alpiarça tem tanta coisa, que a dificuldade às vezes é escolher, perdoem-me os puritanos, mas às vezes parecemos fazer a figura daquele burro que tem dificuldades em se decidir pelo fardo de feno que quer comer.
Às vezes pergunto-me mesmo, mas o que é que falta a Alpiarça que faça as pessoas queixarem-se tanto na blogosfera? Será que se queixam de barriga cheia? É o que parece!
Repare-se quantos concelhos no país terão um velódromo (pista de ciclismo)? E um campo relvado? E dois campos relvados? E um court de ténis? E uma albufeira? Piscinas municipais cobertas e descobertas.
Quantos terão uma pista coberta de atletismo onde se batem recordes nacionais? E uma escola secundária com um verdadeiro pavilhão gimnodesportivo? E um clube desportivo com a História e as actividades de “Os Águias”?
E uma Banda Filarmónica com escola de música? Haverá muitas por esse país fora?
Já pensaram que até temos Bombeiros Municipais abertos 24 horas por dia? Que temos um Centro de Saúde que apesar da falta de médicos vai cumprindo o seu papel? Que estamos a 15 quilómetros de um bom hospital distrital? Quantos bebés de Alpiarça nasceram numa ambulância? Nenhum que eu saiba.
E ainda não falei no Museu, na Reserva do Sorraia, no Parque de Campismo, no Patacão, no Parque de merendas e mercado de fruta do Carril, na Zona Industrial.
Há realmente tanta coisa feita e “há tanto por fazer, e há tanto que se pode fazer com alguma criatividade e esforço, encontrando parceiros, estimulando as forças vivas, valorizando as capacidades e as potencialidades da nossa terra e das suas gentes”(sic).
Concordo que “não serve, nunca serviu a desculpa da falta de dinheiro. Não serve, nem nunca serviu a desculpa que há dívidas por pagar – há em todo o lado” (sic). O mal de Alpiarça é segundo o que me é dado ver, ter alguns investimentos improdutivos, cujo dinheiro está enterrado, só porque houve pressões para se aproveitarem certos dinheiros.
Não me cabe a mim defender quem está à frente dos destinos do município, quem lá está tem um programa para cumprir e tem projectos para executar. Dizer-se que não há criatividade e empreendedorismo, a pouco mais de um ano do mandato cumprido é criar artificialmente uma tempestade num copo de água e projectá-la num grande ecrã que é a blogosfera.
Esse tipo de comportamento cheira a revanchismo vindo de alguém que quer o poder a todo o preço. Sinceramente não me parece que quem concorreu pelo PS para a câmara, precise de um emprego no Executivo e que queira atirar o professor Mário Pereira para fora, pelo menos nesta fase. Que ganharia o PS com isso? Nada! Há possivelmente segundas figuras que andam a lançar a discórdia. Andam a dividir para reinar. Isso não é único em Alpiarça, aconteceu em Almeirim onde já morei e conheço razoavelmente bem.
Não me vejam como defensor da CDU, o meu candidato presidencial é Manuel Alegre, por isso estou à vontade para apresentar as minhas críticas. Mas tivemos o nosso tempo de governança, temos de aceitar que o mandato de Vanda Nunes foi péssimo. Deixem a CDU entretida com as “nossas” dívidas por pagar, têm muito por onde moer a cabeça!
O momento de atacar não é este. E digo mais, quanto mais se deitar abaixo, mais difícil vai ser erguer daqui por 3 anos!
* Por: Mário Lopes
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