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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mais de 60 escolas com contrato fechadas pelos pais dos alunos

Ramiro Marques
É disto que o Governo, o ME, os sindicatos e os partidos políticos da esquerda parlamentar têm medo: luta a sério, nas ruas, não pastoreada pelos de sempre que, no aconchego dos gabinetes, se encontram a salvo da crise.
Mais de sessenta escolas com contrato de associação fecham hoje as portas. São os pais, em solidariedade com os professores ameaçados de despedimento e redução de salários, que lideram os protestos.
Fazem aquilo que os pais e os professores das escolas estatais não são capazes de fazer porque têm medo e estão domesticados.
A ministra da educação ameaça com a transferência forçada dos alunos para outros colégios ou para as escolas do Estado. Em desespero, o Governo substitui-se aos pais dos alunos e ameaça colocar o aparelho repressivo ao serviço da estratégia totalitária que vem asfixiando a escassa liberdade de escolha das escolas existente em Portugal.
Depois de o Governo ter domesticado os professores das escolas estatais, colocando uns contra os outros e premiando, com uma ADD vergonhosa, os ousados, os descarados e os medíocres, volta-se agora para as escolas privadas mais vulneráveis: as que exercem serviço público e servem alunos de menores rendimentos.
O objectivo é claro: domesticadas as escolas estatais, é a vez de vigiar, punir e controlar as escolas particulares que ousam ter projectos educativos não tutelados pela burocracia iluminada que capturou o Ministério da Educação.
É por isto que a luta dos pais dos alunos dos colégios com contrato é um combate decisivo pela liberdade. Quem não compreende esse combate, coloca-se ao lado dos inimigos da liberdade.

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