O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou, na terça-feira, que o facto de o primeiro-ministro, José Sócrates, ter admitido rever a legislação laboral «é uma declaração de guerra» aos trabalhadores.
Num jantar com militantes em Alpiarça, Jerónimo de Sousa criticou o que considera ser a «tentativa do Governo [PS] para embaratecer os despedimentos, para impor a lei da selva do trabalho, para delimitar a contratação colectiva e para liberalizar horários de trabalho».
O secretário-geral do PCP afirmou que o Governo e o patronato «pretendem rasgar a Constituição da República» e rejeitou qualquer revisão ao documento que caracteriza como «actual e fiel aos valores de Abril».
Jerónimo de Sousa apelou aos militantes do partido para se mobilizarem para «pequenas e médias lutas para responder a esta ofensiva», afirmando que «o Governo só não avançou com a revisão [laboral] porque tem medo da mobilização dos trabalhadores, demonstrada na greve geral de dia 24 de Novembro».
O líder do PCP disse que «o país precisa de reflectir sobre o que tem que ser alterado na política monetária europeia», assinalando que «o euro não tem qualquer saída» para Portugal.
Para Jerónimo de Sousa, «o Banco Central Europeu devia emprestar dinheiro aos Estados à mesma taxa de 1 por cento que empresta aos megabancos alemães e franceses».
«Jornal de Noticias»
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