O líder da UGT é o primeiro socialista a admitir eleições antecipadas.
Intervindo no encerramento do IX Congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP, João Proença admitiu que o Governo cairá antes do fim do seu mandato e que novas eleições legislativas deverão ter lugar
Neste contexto, e num discurso onde teceu duras críticas às medidas de austeridade, tanto no plano nacional como europeu, João Proença deixou um aviso "à navegação".
Os eleitores decidirão o seu voto "tendo presente os que mais se preocuparam com as dificuldades do país", disse.
O líder da UGT considerou ainda que "mais do que as legislativas, estão sobretudo à vista as presidenciais", notando que este ato eleitoral pode "significar muito para o futuro do país".
Nunca apostamos no conflito pelo conflito, melhores acordos e negociação, esse é o papel dos sindicatos - greve geral fortemente participada, que traduza o desejo de justiça Proença defendeu a adopção de políticas que "combatam a pobreza e o desemprego" e apontou o congelamento de pensões como "algo totalmente injustificado".
"O combate ao défice passa pelo desenvolvimento e pelo crescimento económico", acrescentou, numa intervenção onde se insurgiu contra uma proposta de Orçamento do Estado para 2011 que dá "prioridade ao défice, prioridade ao défice, prioridade ao défice".
«Lusa»
«Lusa»