O Deputado Capoulas Santos considera o documento de orientação sobre o futuro da PAC “tão positivo nos objectivos quanto ambíguo nas medidas concretas para os alcançar“, opinião que expressou hoje na Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, em Bruxelas, por ocasião da apresentação pelo Comissário da Agricultura, Dacian Ciolos, do documento adoptado também hoje pela Comissão Europeia.
“O documento constitui uma boa base de trabalho, incorpora algumas das sugestões e prioridades dos socialistas europeus e pode ser bastante melhorado pelo Parlamento Europeu“, afirmou o eurodeputado e coordenador dos socialistas europeus para as questões agrícolas. “Devemos aproveitar esta oportunidade para tornar a PAC mais justa e equitativa entre Estados-membros e agricultores“, acrescentou.
Quanto aos aspectos positivos, Capoulas Santos salientou o fim do critério histórico para a atribuição das ajudas e a criação de novos critérios mais justos e abrangentes baseados nomeadamente em critérios ambientais. Congratulou-se ainda com a intenção da Comissão Europeia de apoiar mais activamente os pequenos agricultores e de estabelecer tectos máximos por exploração para o recebimento de ajudas directas.
Por outro lado, Capoulas Santos teceu críticas relativamente à “ambiguidade quanto à forma de proceder ao reequilíbrio dos apoios entre Estados-membros e agricultores“, considerando ainda “decepcionante a indefinição quanto a alguns conceitos fundamentais tais como a futura forma de cálculo das ajudas“. O eurodeputado classificou ainda de “tímidas” as propostas avançadas pela Comissão Europeia em matéria de mecanismos de mercado, uma vez que, considera, “à excepção de um novo instrumento, insuficientemente explicado, nada inova quanto aos instrumentos de política conhecidos“. Capoulas Santos afirmou ainda que, dada a situação vivida no sector do leite, “aconselhar-se-ia maior prudência na declaração da irreversibilidade do fim das quotas leiteiras em 2015“