Paulo Portas lançou esta noite ao PS e ao PSD um “apelo patriótico” para que reforcem em 56 milhões de euros a verba inscrita no Orçamento do Estado para a agricultura, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).
“Quero fazer um apelo veemente – e patriótico – aos líderes do PS e do PSD”, afirmou o presidente do CDS-PP à margem de um jantar com militantes de Oliveira de Azeméis.
“Eles sabem, como eu sei, que a verba que está inscrita para os agricultores no âmbito do PRODER, se ficar como está, levará a que, em 2011, Portugal perca crescimento económico, criação de emprego, receita fiscal e perca também, definitivamente, fundos comunitários para a agricultura”, explicou o líder popular.
Paulo Portas DISSE que “é preciso reforçar em pelo menos 56 milhões de euros essa verba”, ainda em discussão na especialidade, e, reconhecendo que “o país não pode agravar o défice”, adianta que “o CDS demonstrará que é possível cortar despesas do Estado”.
Entre os gastos que os populares consideram dispensáveis incluem-se os relativos a “locação de edifícios, material de escritório, despesas de representação e trabalhos especializados”.
Paulo Portas acredita que, cortando nessa despesa, o Estado conseguirá três resultados: “Garantir que há investimento na agricultura, que há criação de emprego e de riqueza no mundo rural, e que não vamos passar pela vergonha de perder fundos comunitários outra vez, sendo que, desta, é definitivo”.
No âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2011, a Comissão de Agricultura da Assembleia da República ouve no início da semana a CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola de Portugal.
No site desse organismo pode ler-se que a verba de 103 milhões de euros orçamentada para 2011 “é claramente insuficiente para responder à necessária recuperação dos baixos níveis de execução da generalidade das medidas do PRODER”.
«Lusa»