Não questionando o mérito de bons profissionais ou da sua competência, curioso é que há nomeações aos molhos, para muitos e vários sítios, sempre com um traço comum: amizades. Ainda esta semana se deu conta de um caso (há-os multiplicados por n) de amigos de um Secretário de Estado nomeados para a administração dos CTT, que tinham por origem a sociedade de uma antiga empresa em comum com aquele governante. (a empresa chamava-se Puro Prazer…nome sugestivo..). Por cá o staff político também aumentou consideravelmente na câmara municipal. Pura necessidade?
A este respeito apenas quero dizer que quanto maior o Estado, mais cargos para amigos haverá. Por isso se pede, não maior, mas melhor Estado. Era este um dos princípios que norteava a revisão constitucional do PSD: eficiência dos serviços do Estado naquilo que for atribuição do Estado, sem margem para estruturas gordas, redundantes e inoperantes. E o Estado não tem que estar em todo o lado.
Uma última nota a propósito de prioridades. Geralmente quando não há dinheiro não há vícios, não há grandes festas nem foguetes. Não imaginam as festas que se fazem por este país fora para assinar um protocolo, para anunciar 2 e 3 vezes a mesma obra (que ainda não passou do papel), para oferecer uns croquetes a anúncios de projectos de projectos, para cortar fitas (com mais ou menos tenda) para a foto, para a revista…enfim, um mundo de propaganda do anúncio, da promessa e da imagem, onde está tudo tratado…mas nada resolvido. Coincidências?...
“Todos querem viver à custa do Estado, mas o Estado vive à custa de todos” – Frederic Bastiat
* Deputada do PSD na Assembleia da República e colaboradora deste jornal