Ao longo dos meus 36 anos de profissão docente, fui sindicalizado a maior parte do tempo. Na década de 70 no SPGL. Na década de 80, na Fenprof. A partir de meados da década de 90, na Fne, cujas estruturas dirigentes integrei durante alguns anos.
Há meia dúzia de anos, desencantado com os sindicatos de professores, abandonei a direcção da Fne e deixei de pagar quotas.
A leitura que faço do que aconteceu ao nosso país, às escolas e aos professores, nos últimos seis anos, levou-me a decidir optar, de novo, pela sindicalização. Obviamente, na Fne.
Não é nos blogues que a resistência dos professores às políticas educativas erradas se faz. Não são os movimentos inorgânicos nem as falsas lideranças unipessoais que permitem organizar a resistência às políticas educativas erradas. Não é com propostas irrealistas e irresponsáveis que se podem ganhar batalhas. Não é com guerras jurídicas que se constroem alternativas.
Hoje como ontem são necessárias estruturas sindicais fortes, capazes de negociarem com realismo e sensatez e que se possam assumir como representantes dos professores face aos governos.
A minha opção pela Fne é óbvia para quem lê o que escrevo. Não acredito em radicalismos, em amanhãs que cantam nem em posições maximalistas e extremistas.