Mário Pereira, presidente da Câmara, sobe as escadas do seu "castelo" para pouco depois chegar ao cimo da torre. Numa das “Águas Furtadas” poisa a mão sobre a testa e avista a lezíria alpiarcense para se aperceber que no meio está o “Mouchão do Inglês. Do lado de lá, do Tejo, o Pombalinho não é tão pequeno como parece.
Com este “avistar” esquece-se que mais abaixo está o povo que o elegeu e que tanta acreditou nas suas palavras. Um povo que começa a estar desanimado pelo que esperava mas que não há meio de encontrar ou «de ver» acrescento eu.
Um povo ansioso por ver “obra feita” mas que já começa a ouvir por tudo que é sítio que o «nosso presidente ainda só conseguiu fazer uma fiada de tijolos e pintar de branco meia dúzia de “marcos”.»
O povo é cego mas na hora da verdade até consegue enxergar melhor do que um “zarolho”.
Disse Mário Pereira no seu primeiro “editorial” que faz questão de: «continuar um trabalho de várias gerações de alpiarcenses na construção de um concelho mais qualificado e onde se possa viver melhor».
Acredite caro edil que o podermos «viver melhor» mais não é do que igual ao que já vivíamos, ou seja: estamos na mesma, salvo duas ou três “festarolas” que por aqui se fizeram porquanto ao resto é melhor esquecermos porque tudo continua na mesma, para não dizer: «talvez esteja é pior» (olhe para a Praça Velha; o Parque Infantil do Casalinho” com aquelas ervas que por lá abundavam para não falarmos no espaço que circunda o seu “castelo” que está uma vergonha.
Dou-lhe razão quando opinou, e cito-o, que na verdade está «consciente de que não será uma tarefa fácil, mas que será possível cumprir através de uma gestão autárquica aberta à participação democrática dos munícipes, o seu efectivo envolvimento nas decisões fundamentais que forem tomadas, tendo sempre como principal referência o interesse comum» mas com quase um ano de mandato tudo continua na mesma, salvo as excepções já mencionadas.
Aqui para nós, caro presidente, palavras bonitas e promessas está o povo farto e, eu também.
Mostre trabalho e obra feita para que eu acredite em quem dirige os destinos desta “terriola” que se chama Alpiarça mas não diga que vai acabar as «obras em curso» vindas dos camaradas socialistas e que para o efeito desbloqueou quatro milhões de euros para as concluir, quando nós queremos é trabalho feito – de sua autoria.
Dizer que vai acabar as obras em curso e importantes para o concelho, isso para mim são lérias porque está é a «fazer obras» que não são de sua autoria e muito menos de quem o acompanha, a não ser que as aprovasse, quando vereador da oposição no mandato socialista.
Acredite que não sou um “artolas” vindo do “Fim da Linha” como os meus conterrâneos não são uns ignorantes.
Sabemos, todos em conjunto, destrinçar aquilo que «vem do tempo dos outros» (os tais que arranjaram as dividas) e aquilo que o senhor presidente ainda não começou a fazer como aquilo que desconhecemos que venha a ser feito, salvo o que agora se fala muito no burgo: a tal «fiada de tijolos”.
E, agora por causa da “Alpiagra” até já o acusam de não ser tradicionalista e muito menos de saber «manter a tradição” porque não quis oferecer à “populaça” umas picarias como era hábito no “redondel” que costumava pairar no alto da vila
“Redondel” este que animava a malta mas que você teimou em não a satisfazer, talvez por causa da «contenção de despesas».
Mas para o “Fogo de Artificio” da “Passagem de Ano” na barragem, que custou uma “pipa de massa” por ser “tradição” teve que se realizar. O que custava «meia dúzia» de picarias ao pé dos gastos do fogo?
Uma ninharia!
Caro Mário Pereira, as «moscas não se apanham com vinagre.
Qual a situação para inverter a situação?
Não sei!
Não sou vendedor de sonhos e muito menos político, mas em último recurso faça como os outros (políticos): invente e mostre trabalho feito mas não faça das “festarolas” e de meia dúzia de “marcos pintados ” a sua “Coroa de Glória” como do melão que se vendeu, quando da “Festa” onde alguns meteram um “pipa de massa ao bolso” e não aplicam um “chavo no burgo que vossa excelência é digno edil.
Mas se me permite dar um palpite, sugiro que: coloque o Gabinete Técnico da Câmara a fazer projectos a todo o vapor para apresentar candidaturas aos “Fundos Comunitários”.
Se apresentar dez projectos e se apenas for aprovado só um, já é muito bom. Um projecto aprovado significa milhões e isto de pertencermos à CEE é óptimo porque os tais “fundos” é uma vaca com “tetas” bem grandes que dá leite com abundância. Basta que saibamos mamar, coisa que às vezes penso a edilidade não ser capaz.
Se as outras autarquias vão todas beber à “dita” por qual a razão que o edil não faz o mesmo?
Assim, sempre tira a ferrugem aos funcionários do Gabinete Técnico e pode apregoar aos eleitores que apresentou «muitos projectos destinados ao progresso da povoação» mas os «burocratas de Bruxelas ou o desajeitado do Barroso impediram que o progresso local tenha pernas para andar».
Assim já ninguém o pode acusar de ser «incapaz de fazer alguma coisa pela terra onde nasceu» salvo as “festarolas” que tem levado a efeito e estão para durar, parecendo com estes eventos querer destronar o “Paulinho das Festas” que salvo o devido respeito por ambos em nada se igualam, excepto serem ambos políticos mas cada um à sua maneira, ou seja: um puxa para a direita e outro para a esquerda mas o destino final acaba por ter muita coisa em comum.
Lembre-se e pense na pedalada dos seus antecessores autárquicos: mesmo com falta de dinheiro e arranjando uma carga de trabalhos para consigo, por causa das dívidas conseguiram fazer e deixar obra que se mete pelos nossos “olhos adentro”».
Faça como eles e deixe de usar como “bandeira” as dividas que os «outros deixaram».
Afinal o estimado presidente também já as está a fazer (os tais seis milhões).
Por acaso o amigo Mário ainda acredita que vai conseguir fazer alguma coisa se não se voltar para os empréstimos?
Deixe-se de "lérias" e comece a «fazer serviço» porque se acredita que vai ter receitas para sobreviver, o melhor que tem a fazer é fechar as portas do “Castelo” e entregar as chaves à Sónia que se deve estar a rir das suas dificuldades mas ansiosa para ocupar o seu lugar e assim conseguir a arranjar aquilo que você não é capaz: o tal “cacau” com que se compram os melões.
A titulo de curiosidade: o camarada Mário conhece alguma autarquia que não viva de empréstimos?
Então porque espera e não toma a iniciativa?
Por acaso, eu que o considero inteligente, não está a aguardar pelas próximas eleições para ser despejado e acusado de ter sido o único presidente que não fez nada no Concelho como aconteceu ao seu amigo e camarada Raul Figueiredo?
Acredite que ainda espero muito mais das suas capacidades, que em abono da verdade me estão a decepcionar.
O que me deixa feliz é que: afinal não sou só eu que assim penso (aqui para nós que ninguém nos está a ouvir: já são centenas para não dizer milhares).
Desça do seu “castelo” e deixe de ouvir os seus “conselheiros” e talvez tenha alguma surpresa.
Ouça o povo que está entre o baixio e o alto do seu “castelo” que se lamenta mas que quando o encontram lhe tira o boné educadamente para depois nas costas o criticarem.
Creia-me seu amigo como um fiel crente e admirador das suas raízes e seriedade mas deixe-se de lamúrias e mostre-me que é capaz de fazer «algo de raiz» pela nossa terra coisa quer começo a ter dúvidas e não entenda esta missiva como um “ataque partidário” ou pessoal mas sim como uma critica honesta, segundo o meu ponto de vista, porque eu e milhares de alpiarcenses esperávamos mais de si mas na verdade o «tiro está-nos a sair pela culatra».
António Centeio
8 comentários:
De certa forma o António Centeio tem razão. Aliás como eu também conhece o ditado Casa onde não há pão.... Mas as grandes obras não são para quem as lança mas para quem as inaugura e quer queiram quer não quem vai inaugurar a grande obra de restauro do Museu dos Patudos e o Centro Escolar vai ser o presidente Mário Fernando. Quem iniciou a construção das piscinas foi o Raul Figueiredo e quem as inaugurou foi o Rosa do Céu. As pessoas continuam sem acreditar que para além de ter excedido todos os limites de endividamento a Rosa, Vanda e Ferreirinha, mais ainda que deixaram tudo armadilhado, das grandes obras feitas poucas foram pagas na totalidade. Biblioteca, Centro Cívico, Pavilhão da Feira, Paços do Concelho, Praça velha estavam por pagar, anda agora o actual Executivo a pagar. Para ajudar à festa o Estado retém 10% da receita. o António Centeio sabe que a câmara de alpiarça como outras pequenas câmaras vivem à base das receitas do estado, se o estado corta 10% da receita como viver? Como sobreviver sem a receita da venda de água? Se o Centeio se visse agora apenas com 90% da sua aposentação o que faria? À câmara de Alpiarça está a a acontecer o mesmo que a muitas famílias, está falida ou quase. Muitas famílias tiveram de abdicar da casa que andaram anos e anos a pagar e o banco ficou com elas. A câmara ainda não vendeu nada, mas até poderá vir a vender.
Não estou a defender o Márito mas uma pessoa com dois dedos de testa e conhecedor da realidade da câmara sabe que não se pode pedir empréstimos de qualquer maneira. Mas é bom que alguém os vá picando para eles acordarem.
Para o António
Então em que é que ficamos? O dinheiro não chega para tudo.
Se se acabarem as obras iniciadas por outros, é porque não são da sua autoria, por isso lá vão dizer não é obra dele, mas se não as acaba é porque tem má vontade, dado que não são obras da sua autoria. Então em que é que ficamos, ou se acabam as que estão iniciadas
" que não são da sua própria iniciativa"
ou então parta para novos projetos deixando obra inacabada? Depois do que se tem dito sobre essas tais inacabadas obras não sei não, é mesmo dificil agradar a grego e a troiano
Temos que ser coerentes queremos ou não queremos que se acabem as obras já iniciadas?
Dá a impressão que os varios orgãos autarquicos andam cada um para o seu lado.
Por exemplo, eu até acho que a Junta está a fazer um bom trabalho e a Assembleia também.
Mas a Camara, não se percebe esta pasmaceira.
Não posso deixar de transmitir aqui a minha discordância em relação ao que é dito e à forma como é dito. Por acaso sou um dos eleitores que votou neste executivo e não me arrependo nada de o ter feito. Lamento também informar que, para além do sr. administrador, não conheço ninguém que pense aquilo que diz do sr. presidente da câmara (e eu falo com muita gente, não sei se será o seu caso). A não ser, claro, quem ficou descontente com o resultado das eleições e ainda não "engoliu" isso e continua a encontrar defeitos no adversário, algo que é perfeitamente natural. Essas pessoas estão a fazer o seu trabalho, não é? O melhor é deixar o executivo trabalhar que ainda só passou perto de um ano desde as eleições. A proximidade, a humildade, a responsabilidade e a honestidade da maioria eleita são muito importantes e não sei se as teríamos noutro contexto.
Esta é boa humildade, é uma boa tactica para vendar os olhos dos outros, não será neste caso, um total desconhecimento da realidade da gestão autarquica, e com traços de alguma incompetência, pois os vários anos de oposição, não lhes serviu para nada, apenas para serem uns gajos porreiros, com isto, quer se dizer que Alpiarça, está aos poucos a ser uma terra abandonada, sem futuro, onde se podem ver as placas a dizer vende-se..., será que vamos no caminho certo?
As placas Vende-se estão em Alpiarça e em todo o país, infelizmente, devido ao estado da economia portuguesa. Mas não com o meu contributo através do voto! Poderá dizer o mesmo?
Um bom texto e bem explicito. Não existe mentira alguma. O que se pode deduzir do mesmo é que o executivo da CDU demonstra falta de capacidade em iniciativas como está inoperante.
E o pior das pessoas é dizerem que está tudo bem quando Alpiarça cada vez está pior e onde o executivo para se desculpar se agarra às dividas. Olhem para o estado das nossas ruas e para o abandono de parte da população que estão a vender tudo porque Alpiarça não tem futuro.
Uma boa altura para os socialistas fazerem ver com argumentos sólidos o caminho que estamos a levar e as soluções que tem para contornar a situação
O pior é que na politica ou seja nos políticos que defendem esta sociedade de exploradores e explorados, não tem palavra, não falam verdade, a mentira é o seu trunfo, tem tantos meios de comunicação onde mentir que todos dias e a toda a hora nos estão a mentir que é como diz o ditado de mentira passa a verdade, a verdade deles porque assim enganam o povo.
Marx já dizia que eles mentem e enganam os trabalhadores, temos de convencer os trabalhadores para a verdade.
Mas os meios que eles têm são tão poderosos, que é difícil vence-los, mas temos de continuar a luta, para dizer a verdade ao povo e neste concreto ao povo da nossa terra, e a nossa arma só pode ser contar a verdade ao povo, e tirar-lhe as duvidas que os trapaceiros tentam confundir os menos informados.
A luta continua, e temos de trabalhar seriamente para poder fazer ver que a razão está do nosso lado e tem de se dar um grande combate organizado também ao autor deste blogue que ele não pode com a rapaziada nem um bocadinho.
E criou aqui uma ferramenta que está a usar com mestria temos de voltar também a luta para aqui.
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