José Sócrates voltou a usar palavras como “escavar” e “embuste”,
voltou a defender o seu legado, voltou a ignorar António José Seguro,
mas inovou no seu comentário na RTP, ao levar um vídeo de jornalistas
irlandeses espantados por Vítor Gaspar não criticar a austeridade. O
episódio serviu para o antigo líder socialista argumentar que o ministro
das Finanças está ao serviço da troika.
Tudo
começou depois de um ex-responsável do Fundo Monetário Internacional
(FMI), Ashoka Mody, ter admitido erros na receita de austeridade posta
em prática na Irlanda. Segundo Sócrates, os responsáveis irlandeses
aproveitaram a “boleia” desta crítica, mas Vítor Gaspar defendeu as
virtudes da austeridade.
Sócrates exibiu então um vídeo da televisão irlandesa RTE, em que o jornalista conclui que Gaspar é o ministro das Finanças da troika.
Uma ideia reforçada pelo antigo primeiro-ministro, dizendo que em pouco
tempo os jornalistas irlandeses perceberam como Vítor Gaspar é mais “um
ministro da troika” do que alguém que defende os interesses de Portugal.
O
antigo líder socialista voltou a criticar a insistência na austeridade,
defendendo que os “cortes de despesas vão ter efeito no desemprego e na
economia”.
Sobre a carta que Pedro Passos Coelho enviou à troika de
credores internacionais a comprometer-se com medidas para compensar o
chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado
para 2013, Sócrates lamentou que António José Seguro não tenha sido
informado previamente. “Veio-me à memória o PEC IV”, ironizou Sócrates,
sobre o caso que levou Passos Coelho, então líder da oposição, a romper
com o líder socialista alegando não ter sido informado sobre as medidas que o então primeiro-ministro estava a preparar.
Remodelação afecta coesão do Governo
José Sócrates, por outro lado, considerou que a remodelação do Governo “não resolveu nenhum problema” e afecta “a coesão do Governo”, uma vez que já neste domingo o CDS pediu uma remodelação mais completa, pela voz de António Pires de Lima.
José Sócrates, por outro lado, considerou que a remodelação do Governo “não resolveu nenhum problema” e afecta “a coesão do Governo”, uma vez que já neste domingo o CDS pediu uma remodelação mais completa, pela voz de António Pires de Lima.
“O
CDS está a subir a parada. Já não é substituir o ministro da Economia,
quer que o ministério tenha o mesmo peso das Finanças. O CDS quer uma
mudança nas políticas”, analisou Sócrates, que, no entanto, também foi
muito crítico das posições dos centristas.
Acusando o CDS de
querer estar ao mesmo tempo dentro e fora do Governo, Sócrates falou de
uma posição que “está muito próxima do oportunismo político”. E usou uma
metáfora para qualificar Paulo Portas, comparando-o a um bailarino: “Só
espero que não seja um bailarino que tropeça nos próprios pés.”
José
Sócrates considerou ainda que a “Europa está com uma doença ideológica”
e que é “o momento de dizer basta à Alemanha”. “Lamento que os países
do Sul não se juntem para reivindicar o que é essencial. Temos de mudar
os tratados”, disse o ex-líder socialista, para quem o Banco Central
Europeu deve ter um papel mais interventivo na economia e não estar
“apenas preocupado com inflação”.
«Público»
1 comentário:
Quem é? Quem é este politico com grandes responsabilidades ? Não é de Alpiarça, não comecem já aos coices.
Ex - toxicodependente,
com várias desintoxicações
feitas em Espanha, e com
processos-crime por
violência doméstica, por
espancamento brutal
da sua primeira mulher, uma das
cantoras do grupo musical
conhecido, das ex-"Doce",
o que fez por cinco vezes,
pelo menos, conforme
consta, com queixas dos
vizinhos por desacatos no prédio onde morava!... Estamos bem servidos, estamos.
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