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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Transportadoras nacionais deixam Espanha 200 milhões de impostos

As empresas nacionais de transporte de mercadorias estão a pagar anualmente, em Espanha, 200 milhões de euros em impostos pelo abastecimento de combustíveis, verba que podia ficar em Portugal se os preços baixassem, afirmaram hoje os empresários.
"Não faz sentido que os transportadores portugueses coloquem combustível em Espanha quando podíamos reactivar o movimento de combustível em Portugal, sobretudo na fronteira. Devido à diferença de preços, são 200 milhões de euros em impostos que podiam ficar cá e que originavam mais transportes para as nossas empresas do sector", explicou à agência Lusa o presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas.
Segundo Artur Mota, a diferença de preços nos combustíveis entre os dois países foi um dos quatro problemas de competitividade identificados por aquela associação numa reunião realizada hoje em Vila Nova de Famalicão, em que estiveram representadas uma centena de empresas de transporte rodoviário nacional e internacional de mercadorias.
 Entre as reivindicações dos transportadores, além de mexidas no preço dos combustíveis em Portugal, contam-se ainda os custos acrescidos que estas empresas estão a enfrentar desde a introdução de portagens nas antigas Scut ou necessidade de uma legislação laboral específica para o sector dos transportes.
Estas empresas de transporte reclamam ainda a criação pelo Governo de um observatório de preços para o setor, de forma a regular os valores praticados neste mercado.
"Os problemas estão identificados e as soluções também. Vamos fazer chegar estas conclusões ao Governo ", disse ainda Artur Mota, recordando tratar-se de um sector - transportes rodoviários de mercadorias - que representa 4% do Produto Interno Bruto nacional e que "faz mexer os restantes 96%".
Do encontro de hoje, convocado com o lema "Lutamos ou deixamo-nos morrer?", surgiu ainda o objectivo de criar uma confederação única para o sector em Portugal, congregando todas as associações de empresas de transportes de mercadorias e de passageiros.
Esta entidade passaria a ser a interlocutora dos empresários dos transportes junto do Governo.
"Para que se consiga resolver estes problemas de imediato", rematou Artur Mota.
«NM»

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